Trabalhadores optam por sacar FGTS e ficam sem dinheiro para a casa própria

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Já era tradição do brasileiro sacar o dinheirinho do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para comprar um imóvel ou pagar prestações junto a instituições financeiras. Entretanto, com a liberação do saque das contas inativas pelo governo federal, há mais de um ano, teve quem “zerou” o saldo. Agora, quem amarga é o mercado imobiliário, segundo avaliam corretores de Campo Grande.

A liberação de saque das contas inativas do fundo completou um ano no dia 10 de março deste ano. O balanço não é tão animador para o segmento imobiliário, como explica Ana Paula Mandetta Netto, 29, gerente comercial de uma imobiliária da Capital.

“Os bancos não dão 100% de financiamento, no máximo 90%, dependendo do perfil do cliente e seu score, histórico de dívidas, comportamento econômico”, diz.

“Houve um tempo que as pessoas conseguiam com subsídio para investir em imóvel próprio por meio de programas como o federal “Minha casa, Minha vida” e o próprio FGTS, para dar entrada e reduzir as mensalidades. Mas, quem sacou todo o dinheiro do fundo, chega agora para negociar sem um real no bolso”, avalia.

“Tem no mercado opções de parcelamento em até 60 vezes, mas é preciso estar atento para não cair em armadilhas. Tem imóvel de R$ 125 mil, com entrada de R$ 3 mil, que parece tranquilo para o consumidor, mas muitas vezes o valor sobe para R$ 9 mil por causa das taxas com documentação, serviços de cartório e impostos de registro”, alerta.

Esse cenário tem comprometido o mercado de forma geral porque, segundo a corretora, a população está endividada e conseguir aprovação de financiamento está muito mais criterioso.

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