Com o intuito de proporcionar benefícios emocionais, psicológicos e sociais para os pacientes internados, a fim de que os mesmos apresentem melhoras significativas durante o período de internamento, o Hospital Estadual da Criança (HEC) / Liga Álvaro Bahia Contra a Mortalidade Infantil (LABCMI) continua realizando sessões da Terapia Assistida por Animais (TAA) na unidade.
A ação está proporcionando às crianças a realização de fisioterapia de uma forma dinâmica, com interesse e ânimo por parte dos pacientes – o que é mais difícil durante a realização da fisioterapia convencional. De acordo com a fisioterapeuta idealizadora da TAA no HEC, Itana Nogueira, em todas as sessões é possível perceber benefícios tanto motores e sensoriais quanto emocionais nos pacientes que participam.
“As crianças internadas na UTI Pediátrica, por exemplo, passaram a semana inteira falando das experiências que tiveram e pedindo pra brincar com os animais de novo. Crianças que não queriam fazer fisioterapia e não queriam sair do leito treinaram marcha, estimularam o condicionamento cardiorrespiratório e não queriam nem voltar mais para os leitos”, conta.
A fisioterapeuta acrescenta: “Tivemos uma criança internada aqui no HEC que tinha dificuldade de expressar a linguagem oral e, no dia que desceu para participar da ação, conversou bastante, super empolgada! Também já tivemos uma criança que tinha pouca interação com a equipe, constantemente triste, e, quando participou da TAA, ficou feliz, sorridente, querendo levar o cachorro para casa”.
Caso de paciente beneficiado com a terapia – Um dos pacientes que sempre participa das sessões da Terapia Assistida por Animais é A.N.S., 10 anos. Segundo a mãe dele, Flaviana Neres Santos, desde que a TAA começou a ser realizada, foram perceptíveis as melhoras que ele apresentou.
“Acho muito positiva essa ação. Na primeira sessão, meu filho só mexia os olhinhos; nas segunda e terceira sessões ele já conseguiu movimentar uma das pernas e um dos braços que antes ele nem movia. Fico muito feliz com os resultados da TAA e torço para que continue acontecendo porque, assim, meu filho vai melhorar cada vez mais”, afirma a mãe.
Segundo Girlane Santiago, coordenadora do Centro de Reabilitação do HEC, especificamente sobre o paciente em questão, ele possui uma sequela neurológica e apresentava, inicialmente, dificuldades motoras. “Na primeira sessão que ele participou, estava sem movimentação ativa e nem mesmo controlando o movimento da cabeça”, declara.
A coordenadora complementa: “Quando ele viu os animais e tocou neles com a ajuda da equipe, ficou muito feliz e tentando controlar a cabeça para acompanhar os movimentos dos animais. A partir desse dia, a equipe do internamento percebeu que ele começou a evoluir, ganhando movimentos nos membros e melhorando o controle da cabeça. Isso para nós é muito gratificante”.
Sobre a TAA – A intervenção é realizada quinzenalmente, às segundas-feiras, em pacientes que possuem liberação prévia dos médicos que os acompanham. De iniciativa da equipe de reabilitação do HEC, a TAA também conta com a ajuda de profissionais da equipe multidisciplinar, a exemplo de psicólogos e pedagoga.
ASCOM | HEC