Adolescentes falam sobre os motivos relacionados a tirarem o Título de Eleitor

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Jovens de todo o Brasil tiveram até a última quarta-feira (4) para retirar a primeira via do título de eleitor. Quem faz 16 anos até o dia da eleição, em 2 de outubro, tem o direito de votar em 2022.

Entre janeiro e abril deste ano, o país ganhou 2.042.817 novos eleitores na faixa etária de 16 a 18 anos, segundo anunciou o ministro Luiz Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O número total em todas as faixas etárias, segundo o TSE, deve ser divulgado em julho.

g1 ouviu adolescentes pelo Brasil para entender o que os motivou a ir atrás do documento mesmo não sendo obrigados a votar – quem tem de 18 a 70 anos é obrigado a participar das eleições.

Jovens de 16 a 17 anos respondem: por que tirei meu título?
 
 
 
 
 
 
 

Jovens de 16 a 17 anos respondem: por que tirei meu título?

 

Cidadãos em formação do Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo e Sergipe citaram, entre outras coisas, a vontade de mudar o país e a consciência de que a vida nos próximos anos depende do que será decidido nas urnas.

Título de eleitor emitido para jovens bateu recorde no Tocantins — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Título de eleitor emitido para jovens bateu recorde no Tocantins — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

 

Distrito Federal

 

Assistente de marketing em um shopping de Brasília, Miguel Castelo Branco, de 17 anos, conta que tirou o título de eleitor pela vontade de mudar o cenário político do país. Para ele, o voto é uma das ferramentas mais importantes para exercer a democracia. “Dependendo do candidato, das suas intenções, dos seus projetos, ele representa algo que você acredita e tem como ideal, fazendo, assim, o país caminhar de uma forma diferente, ou não”.

O cenário político, segundo Miguel, torna as próximas eleições uma das mais difíceis. “Vem uma geração diferente votar nessas eleições. Uma geração de opinião forte e que não tem medo de expor”, completou. “Talvez a gente pense que nosso voto sozinho não faz diferença alguma, mas, juntamente com o voto vem o poder de influência entre os meios que a gente vive. Se quero mudar algo no meu país, meu voto faz a diferença”.

 

Minas Gerais

 

Guilherme Diniz, de 16 anos, é estudante de uma escola pública de Belo Horizonte e vai votar pela primeira vez nestas eleições. Ele tirou o título de eleitor em outubro do ano passado motivado por um desejo de mudança. “Eu sei da importância do meu voto”, disse o estudante.

Para Guilherme, a crise e as consequências da pandemia serão determinantes nestas eleições. Ele defende que as pessoas não desperdicem o poder do voto, escolhendo candidatos que melhor os representam. “Façam valer seu direito de escolha”, defendeu.

 

São Paulo

 

Paulo Henrique Bajona, de 17 anos, mora na Zona Sul de São Paulo. O estudante conta que tirou o título de eleitor em 2021 para começar o primeiro emprego e, agora, se prepara para votar pela primeira vez nas eleições de 2022.

“Talvez alguns jovens pensem que um voto não vai mudar nada, mas de um em um chegamos a centenas de milhares ou até milhões de votos. Nós podemos fazer a diferença”, disse.

 

Sergipe

 

Ayssa Victória Guanabara Moura – 17 anos, estudante – Aracaju “Eu fiz o meu título de eleitor este ano com o objetivo de mostrar a minha voz e a da minha geração para o resto do mundo. Me expressar politicamente e ser representada finalmente. Porque eu sei o que minha geração deseja”, disse Ayssa sobre a decisão de tirar o título.

Com relação ao pessimismo diante do cenário político, a estudante diz que aposta no voto como ferramenta de mudança. “Apesar de ter ouvido gente na minha escola dizendo que está cansada de política, eu entendo que a gente nasceu e cresceu em um país que foi afundado pela corrupção, e que faz parte do nosso processo se conscientizar politicamente”.

“Entendo que essa eleição é muito importante para o nosso processo no Brasil, e que a gente teve várias pessoas que fizeram a gente chegar a esse ponto. Isso vai representar muita coisa, principalmente pra minha geração”.

Fonte: g1.globo.com

 

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