Início do horário político eleitoral no rádio é marcado por homenagens a Campos

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As homenagens ao candidato do PSB à Presidência da República Eduardo Campos, morto na semana passada em acidente aéreo, deu o tom da abertura do horário eleitoral gratuito na rede de rádio nesta terça-feira (19/08). Sorteado para abrir a campanha, o partido de Campos reproduziu falas dele, a quem foi entitulado de “o candidato que o Brasil queria votar mas não pôde”. Logo na sequência, foi reproduzido um repente, forma tradicional de fazer versos no Nordeste, aproveitando-se do fato de o candidato ser pernambucano. Nos trechos dos discursos do presidenciável morto, entre eles a que afirmara ser ele, Campos, e Marina Silva, capazes de gerar transformação nos rumos do país para um futuro promissor, num indicativo de preparação de terreno à substituição do socialista pela ambientalista.

Campos também foi o mote de abertura da campanha da coligação do candidato tucano Aécio Neves, que afirmou ter uma amizade de 30 anos com o ex-governador de Pernambuco, lembrando que seu avô Tancredo Neves e o de Campos, Miguel Arraes foram lideranças políticas e teriam lutado “lado a lado” no passado por avanços no Brasil.
Por sua vez, o PT e os partidos aliados à reeleição da presidente Dilma Rousseff dedicaram os minutos finais para lembrar do pesebista falecido. O ex-presidente Lula foi o responsável por fazer menção a ele, descrevendo sua relação como de “pai e filho” e falando da “dor imensa” com a perda do seu ex-ministro. Afirmou que os ideais de Campos eram os mesmos que o do PT e explorando a frase-mote do socialista ao pedir que os eleitores nunca desistam do Brasil.

Nordeste e São Paulo

O PSB não foi o único a fazer menção ao Nordeste no início da campanha em rede nacional. Dilma, por meio de jingle em ritmo de xote, fez a homenagem à região onde conta com boa avaliação sobre o seu governo. Nas menções aos feitos de sua gestão, no entanto, a presidente dedicou especial atenção ao estado e à cidade de São Paulo. Citou números do Pronatec, falando em 2 mil vagas locais desde o governo Lula, o FIES e Prouni (800 mil vagas) e 600 mil moradias através do “Minha casa, Minha vida” a paulistas e paulistanos. Lula, inclusive, abriu as entrevistas com Dilma, retornando aos microfones ao fim para afirmar que a vida do povo brasileiro “melhorou nos últimos anos”, mas sem diferir seu governo ao de Dilma a homenagem póstumas à Campos.

Pessimismo e medo

A campanha petista também explorou a questão do medo, clamando para a “vitória sobre o pessimismo”. Mas não foi a única. A chapa aecista, pediu o “voto sem medo” ao candidato do PSDB na apresentação antes da fala do ex-governador de Minas Gerais.

FONTE: O Globo

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