Vitória-régia, onça e águia: confira as fantasias das musas das escolas de samba nos ensaios técnicos no final de semana em SP

Na sexta-feira (8) o destaque foi a X-9 Paulistana, que encerrou sua temporada de ensaios técnicos debaixo de uma forte chuva. Mesmo assim, a comunidade da Parada Inglesa, na Zona Norte, não arredou o pé e fez seu último ensaio no Anhembi com muita alegria e empolgação.

O enredo este ano da escola é “Arapuca Tupi – A reconquista de uma terra sem dono” .Trata-se de um tema indígena de caráter crítico-social, baseado em uma história fictícia de um universo distópico. A trama inicia-se no caos e se encerra vislumbrando um país que todos sonhamos.

Além da ficção, o enredo pretende atirar uma flecha certeira na questão nacional da devastação do nosso meio ambiente e na atual desmoralização das lutas indígenas de forma reflexiva.

Já no sábado (9) teve Barroca Zona Sul, com a rainha Renata Spalicci com pouca roupa e muitos músculos à mostra. A escola vai homenagear Zé Pilintra este ano e promete emocionar o público.

A Império de Casa Verde também marcou presença no Anhembi no sábado (9). A rainha de bateria Valeska Reis e a madrinha Theba Pitylla fizeram bonito. Este ano, a escola vai falar a comunicação na atualidade e redes sociais.

No domingo (10), foi vez do ensaio da Colorado do Brás, que este ano vai homenagear a escritora Carolina de Jesus com o samba “Carolina, A Cinderela Negra do Canindé”.

A rainha de bateria LGBTQIA+ da Colorado do Brás Camila Prins caprichou na produção. Ela trouxe o modelito da Itália para representar a época em que Carolina de Jesus morava em uma comunidade da Zona Norte paulistana.

A Mocidade Alegre também marcou presença no domingo (10). A ex-BBB Thelminha foi vestida de onça e foi só elogios.

Dany Romani, da Mocidade Alegre, também fez bonito. Ela escolheu representar a Águia da Portela, berço do samba e uma das casas de Clementina de Jesus, a homenageada deste ano pela escola.

A rainha de bateria Aline de Oliveira, que nunca decepciona, homenageou Clementina de Jesus no ensaio. Ela mesma explica:

“Clementina de Jesus foi descoberta apenas aos 63 anos de idade. Após esse momento, ela foi ensaiada para a sua grande estreia em um palco: foi no show Rosa de Ouro que, enfim, aconteceu a sua consagração. Esse show lhe rendeu ainda um disco com uma rosa de ouro estampada na capa.”

Se pensarmos na relação da homenageada com rosa, impossível não lembrar do seu envolvimento com a Verde e Rosa, Estação Primeira de Mangueira. Mesmo de coração portelense, Clementina desfilou pela Mangueira por causa do seu grande amor, Albino Pé Grande. Sendo assim, eu juntei esses dois episódios da vida de Clementina “

As musas do Vai-Vai compareceram no último ensaio técnico com looks inspirados na ancestralidade africana. Este ano, a escola fala sobre o tema com o enredo Sankofa.