Vereador Pablo Roberto esclarece acusações em coletiva com a imprensa

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O vereador Pablo Roberto (PT) apresentou nesta terça-feira (25/2) detalhes sobre o seu depoimento na 2ª Delegacia de Polícia na tarde de ontem (24/02). Durante a coletiva, o vereador disse que a acusação existente contra ele é referente a suspeita de ter encomendado uma suposta ação contra a vida do atual gestor da Case Zilda Arns, Lealdérico Santos. O vereador afirma que tudo isso tem ligação com desavenças política.

Na tarde da segunda-feira (24/02) Pablo foi ouvido por cerca de duas horas e meia pelo delegado Ricardo Brito, coordenador regional de Polícia do Interior (1ª Coopin), no Complexo de Delegacias de Feira de Santana, no bairro Sobradinho. O vereador chegou ao Complexo Policial por volta das 15:30h acompanhado pelo advogado Pedro Henrique. O conteúdo do depoimento do vereador foi amplamente divulgado hoje pela manhã em coletiva com a imprensa no plenário da Câmara Municipal de Feira de Santana.

Qual é a acusação que pesa sobre o senhor?

Foi muito importante a nossa ida ao Complexo para conversarmos com o delegado Ricardo Brito. Tomamos de fato conhecimento ao que vem acontecendo. A novidade que tivemos ontem, foi ficar sabendo que não existe nenhum inquérito tramitando onde me colocam como integrante de algum grupo de extermínio. O que existe lá é um Inquérito Policial que investiga uma suposta tentativa contra a vida de um jovem que foi interno ou é interno, não sei, da unidade Zilda Arns qual o mesmo faz menção ao nosso nome.

O depoimento foi muito tranquilo, durou cerca de duas horas e meia, não tenho dúvida que a verdade irá perdurar, nos colocamos a disposição inclusive para colaborar e contribuir com as investigações. No sentido de está apresentando alguns elementos que também temos. Vamos esperar agora para que o Inquérito Policial siga dentro da normalidade que deve seguir.

Repetindo, não consta nenhum processo que me envolva em grupo de extermínio, diferente do que foi espalhado na cidade. E mantenho as minhas declarações anteriores onde anunciei esta trama fantasiosa. Nunca me reuni com esse ou qualquer outro assistido da CASE Zilda Arns ou até mesmo do Melo Matos, para tratar de assuntos como esse. Alias, nunca me reuni com qualquer pessoa para encomendar a morte de quem quer que seja, porque esta não é a minha índole e esses não são meus princípios.

Pablo, você tentou contra a vida desse jovem?

De forma alguma, as pessoas sabem da minha história, do meu perfil eu estou do outro lado, estou do lado de quem protege a vida, garante direitos e assim me comporto em toda a minha vida, desde quando atuei na vara da infância e juventude, no Conselho Tutelar, Conselho Municipal da Criança, na gestão das duas unidades. As pessoas que tentaram macular a minha imagem com uma história dessas não levaram em conta a minha trajetória de luta e manutenção da vida dos nossos jovens.

Quem entrou com o processo contra o senhor?

O processo inicia quando o atual gestor da Case Zilda Arns, recebeu na sua sala o adolescente que cita um suposto “primo”, que se não estou enganado também é envolvido com o mundo da criminalidade, e o diretor recebe os dois na sua sala e daí nasce todo esse inquérito, que segundo esse jovem esteve comigo e que eu teria envolvimento no planejamento de uma possível ação contra a vida do atual diretor Lealdérico Santos.

De fato, quem inicia o processo é ele. Porém, nos próximos dias eu acredito que ficaremos sabendo qual é o real envolvimento dele nessas acusações e o que tem por de trás disto tudo. Não tenho dúvida que ele iniciou esse processo porém, a verdade será apresentada de forma clara e objetiva para população.

O que motivou a ventilação do nome do vereador Pablo Roberto sendo associado a um grupo de extermínio?

Infelizmente, existe pessoas com o objetivo de macular a minha imagem, fazendo associação do meu nome a esse assunto. Esse comportamento eu atribuo ao gestor da Case Zilda Arns, Lealdérico Santos, tive acesso ao processo e descobri que ele iniciou esse inquérito ao receber em sua sala dois jovens que apareceram com essa história e daí o Lealdérico da caminhamento ao assunto. Acredito que ele segue motivado por interesses políticos, já que ele e toda a nossa cidade sabem dos debates e perseguições que passamos e sofremos desde o mês de agosto do ano passado.

Deixo claro que não existe nenhuma ligação desse vereador com qualquer grupo de extermínio, não existe nenhum processo contra esse vereador em envolvimento algum a grupos de extermínios.

O senhor e o deputado José Neto são amigos ou companheiros?

Amigo, de entrar em casa, abrir a geladeira, se abraçar quando preciso. Não sou hipócrita em dizer… não sou amigo do deputado Zé Neto.

Companheiro, de caminhar junto, unificar quando preciso, vencer as diferenças pelo fortalecimento do partido, apoiar, dialogar, lutar por um projeto. Eu sou companheiro do deputado Zé Neto. O que ficou comprovado quando eu e meu grupo, esquecemos qualquer diferença e seguimos junto com ele na campanha de 2012 por um ideal que é de todos nós, construir uma cidade mais humana, digna e igual.

Amigo ou companheiro, as relação se baseiam no respeito. Ainda que fossemos inimigos, a relação também deveria se basear no respeito.

Cito isso para afirmar que não possuo desejo de vingança. De justiça, sim. Quem conhece o meu caráter, sabe o quanto de verdade existe nessa afirmação. Costumo ser uma pessoa transparente – é só tirar como exemplo meu depoimento de agosto –, logo, ainda para as pessoas que me acompanham há pouco tempo, já como vereador nesta Casa, acredito que já está claro isso.

Qual será os próximos passos do vereador Pablo Roberto?

O próximo passo é aguardar o decorrer do inquérito, levando em consideração que esse que me acusa é um maior. Nosso advogado já está preparando um documento para entrar com uma ação contra esses que me acusam, iremos aguardar mais alguns dias já que estamos fazendo um processo de buscativas de informações e peço a Deus que bem em breve teremos todos os fatos esclarecidos e a verdade apresentada para população, afim de mostrar a todos o que de fato motivou todo esse processo.

Se houve alguma dúvida, hoje, acredito que já esteja mais claro para vocês os fatos que comprovam a minha inocência do que em meu primeiro pronunciamento e tenho certeza que amanhã estará ainda mais claro que hoje, e assim sucessivamente até que não reste mais uma só dúvida.

Acredito que no meu partido, acredito no governo que ajudo cotidianamente a construir e aproveito para deixar claro ainda, que tenho convicção de que essa articulação aconteceu sem o conhecimento do governo do Estado, tendo em vista inclusive o tratamento respeitoso que o nosso governador Jaques Wagner teve comigo durante sua ultima visita à Feira de Santana.

Na última semana, o vereador Pablo Roberto esteve em Brasília onde solicitou a intervenção do deputado federal Luiz Couto (PT-PB), membro da Frente Parlamentar dos Direitos Humanos, junto à Polícia Federal e a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, para também investigarem o caso.

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