A vacina contra o HPV é a forma mais eficaz de prevenção contra o vírus do papiloma humano (human papiloma virus), responsável por provocar verrugas genitais e complicações como o câncer do colo do útero e outros tipos de câncer.
Existem três tipos disponíveis de vacinas desenvolvidas para prevenção contra os principais subtipos do vírus, sendo elas a vacina bivalente, quadrivalente e nonavalente.
A injeção é aplicada por via intramuscular, no braço, e está presente no Calendário Nacional de Vacinação. As campanhas, que anteriormente não incluíam os meninos como público-alvo, agora são focadas em meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos.
O Brasil é o primeiro país da América do Sul e o sétimo do mundo a oferecer a vacina contra o HPV para meninos, incluindo-os dentro de programas nacionais de vacinação.
Essa mudança tem como objetivo tentar evitar também os números relevantes de casos de câncer peniano e retal causados pelo HPV.
No caso das meninas, a preocupação em relação ao câncer cervical (câncer do colo do útero) é um dos principais motivos da campanha de vacinação.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse câncer é o quarto mais comum em mulheres no mundo. Em 2012, estima-se que a doença foi responsável por 266 mil mortes e mais de 500 mil casos.
No Brasil, esse tipo de câncer é o terceiro mais frequente em mulheres. Segundo dados do Ministério da Saúde, por ano, o câncer cervical é responsável por mais de 5 mil vítimas fatais.
O HPV também está associado a 90% dos casos de câncer anal, 71% dos casos de câncer de vulva e de pênis, e é responsável por 72% dos casos de cânceres de orofaringe.
O tipo de vacina oferecida pelo SUS, de forma gratuita, é a vacina quadrivalente. Ela é capaz de proteger contra os 4 tipos mais comuns do vírus HPV que circulam no país.