“Somos contra o uso do ‘kit covid’”, afirma Médica infectologista Melissa Falcão

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A médica Melissa Falcão, infectologista e coordenadora do Comitê Gestor de Controle ao Coronavírus, disse que, não haverá atenuação significativa dos casos de covid nos próximos 15 dias. “A segunda onda chegou com uma força muito grande e a previsão é que nos próximos 15 dias não tenha redução, no entanto é possível que a partir da segunda semana de abril possa começar a ter uma redução”, afirmou.

De acordo com a infectologista, Feira de Santana se encontra no pior momento desde o início da pandemia, com superlotação no leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). “Tivemos um momento difícil em julho, outro pior em dezembro e agora está ainda mais intenso com a taxa de ocupação em 100%”, pontuou Melissa.

Quatro variantes da Covid-19 circulam em Feira de Santana, as cepas foram identificadas pela Secretaria Municipal de Saúde. Duas delas do Reino Unido e de Manaus que já estão em transmissão comunitária no estado. As outras duas têm origem da Nigéria, na África. Segundo a Melissa Falcão, alguns pacientes jovens que foram diagnosticados com a doença e apresentaram sintomas intensos e de alta gravidade logo na primeira semana, realizaram exames para identificar variantes, sendo confirmada a relação em alguns casos. “Acreditamos que esse aumento expressivo de números de casos e da gravidade tenha relação com variantes no município”, assegurou.

O posicionamento é da infectologista Melissa Falcão, sobre o ‘kit covid’ Conforme a infectologista Melissa Falcão, o uso do ‘kit covid’, além de não ter eficácia comprovada, já existe relato no Brasil de pessoas na fila de transplante por conta do uso exagerado de ivermectina. “Nós do município somos contra o uso do ‘kit covid’, nenhuma dessas medicações utilizadas tem comprovação de benefício e o que a ciência mostra nesse momento é que esses medicamentos não funcionam.”, afirmou.

A infectologista enfatiza que, apesar dos avanços no combate ao coronavírus, é preciso entender que a situação segue requerendo atenção. “É inadmissível que num momento como este, que tantas pessoas estão sofrendo com perdas de pessoas próximas, com perda da vida, a população não tenha consciência que é necessário ficar cada um em seu domicílio. Sair apenas para trabalhar, é preciso evitar o contato desnecessário para poder salvar a própria vida e a vida das outras pessoas,” concluiu.

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