A Coalizão Nacional Síria (CNFROS), por meio de um comunicado, denunciou que pelo menos 1.100 pessoas morreram nesta quarta-feira (21) em um suposto ataque com armas químicas perpetrado em vários distritos da periferia de Damasco. O Exército da Síria nega as acusações, a Rússia chamou a denúncia de boatos e a comunidade internacional pede que o governo deixe a ONU investigar o ataque.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede em Londres, denunciou as primeiras mortes, entre elas menores, em várias regiões da periferia de Damasco, uma acusação que, poucas horas depois, o regime de Bashar al-Assad fez questão de negar. “As alegações de uso de armas químicas pelo Exército sírio são nulas, vazias e totalmente infundadas”, afirmaram as Forças Armadas.
A Rússia tachou de boato as informações sobre uso de armas químicas. “Não acredito absolutamente nesse novo boato. Se foram realmente utilizadas armas químicas, isso parece mais o estilo dos rebeldes”, disse o vice-presidente do Comitê de Relações Exteriores da Duma (Câmara dos Deputados) russa, Leonid Kaláshnikov, citado pela agência “Interfax”.
Países da União Europeia (UE) pediram nesta quarta-feira que a Síria permita a ONU investigar o uso de armas químicas e ter acesso sem restrições a uma área próxima a Damasco. Uma missão da ONU para investigar o suposto uso de armas químicas na Síria chegou há três dias no país.
O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Araby, pediu que a missão da ONU se dirija imediatamente à periferia de Damasco para investigar os ataques de hoje. Em comunicado, Al Arabi “condenou o crime terrível que causou a morte de sírios pelo uso de gases tóxicos e bombardeios contra Guta Oriental”.
Araby pediu aos investigadores da ONU que apurem o ocorrido, que segundo ele trata-se de uma “violação da lei internacional humanitária”. Além disso, fez uma chamada para que organizações médicas e de salvamento, tanto árabes como internacionais, assim como as agências da ONU, atuem imediatamente para salvar os feridos. Fonte: Redação com informações da Agência EFE.