Salvador não terá festa de ano novo, confirma Prefeito; Carnaval segue indefinido

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O prefeito Bruno Reis (DEM) confirmou na manhã desta segunda-feira (29) que Salvador não realizará o Festival da Virada. O evento aconteceria no fim de dezembro deste ano e início de janeiro de 2022.

A medida acontece após o sinal de alerta sobre a possível alta nos casos de Covid-19 no Estado. “Os números de óbitos só fazem cair. Só que num cenário de incertezas e dúvidas não há como realizar o Festival Virada esse ano para 200 mil pessoas, estamos tem um mês da festa e chegamos ao limite dessa decisão”, disse aos jornalistas.

“Sempre disse que íamos avaliar o que está acontecendo no Brasil e no mundo, como a pandemia está se comportando em lugares com índices diferentes de vacinação. No entanto, chegamos ao limite da decisão para o Réveillon e nós acreditamos que, diante de tudo o que estamos vendo, não é o momento de colocar em risco tudo o que construímos até aqui, sempre colocando a vida das pessoas em primeiro lugar. Fizemos um esforço grande para que Salvador chegasse aqui servindo de referência até mesmo para outras cidades, com uma série de medidas que foram copiadas Brasil afora, tanto de isolamento social, de flexibilização e de estratégia para avançar na vacinação”, completou.

O chefe do Executivo municipal ressaltou que Salvador apresenta hoje 91% de pessoas vacinadas acima de 12 anos com a primeira dose e 81% com a segunda dose acima de 18 anos. Neste momento, a capital baiana está imunizando, inclusive, pessoas de outras cidades, e com a 3ª dose todos acima de 18 anos.

Sobre o Carnaval, Reis informou que essa decisão será tomada junto com o governo do Estado e ainda não há uma definição sobre o assunto.

Arquivo / BNews

A novela se Salvador terá ou não Carnaval em 2022 vai se arrastar por mais tempo, apesar do ponto final dado pelo prefeito Bruno Reis (DEM) na manhã desta segunda-feira (29) ao anunciar que o Festival da Virada não vai acontecer. De acordo com o político, a decisão da folia de Momo acontecerá em conjunto com o governo do Estado e o martelo não foi batido, diante da situação da pandemia do Coronavírus.

“Carnaval ainda tem tempo de tomar essa decisão. Essa será uma decisão tomada em conjunto com o governo do Estado. Eu já solicitei o encontro com o governo e assim que conversarmos anunciaremos a nossa posição. Enquanto isso estamos avaliando. Eu sempre disse que iríamos até a data limite com o máximo de segurança”, disse.

“Vamos seguir avaliando o que está acontecendo e tomaremos a melhor decisão para todos, mas sempre, sempre, sempre colocando a vida em primeiro lugar e garantindo as nossas conquistas feitas até aqui para vencer a pandemia”, completou.

RISCO – O comitê de assessoramento do coronavírus da Universidade Federal da Bahia (UFBA) avalia que a realização do carnaval em 2022 poderá pôr em risco os avanços que vêm sendo alcançados no controle da pandemia.

“O Carnaval é um evento cujas características de intensa movimentação de pessoas e grandes aglomerações, por tempo prolongado, apresentam todas as condições para o recrudescimento da incidência da Covid-19 com as consequências que podem advir”, conclui texto publicado no site da instituição no último sábado (27).

O documento, assinado pelos seis membros do comitê, também traz a avaliação de que o argumento de que o risco é menor pela festa ocorrer em espaço aberto “não é de todo verdadeiro”, considerando a “magnitude da aglomeração”, além do “intenso e frequente contato interpessoal” – fatores que aumentam o risco de transmissão viral.

“Não será possível assegurar vacinação completa, nem o uso de máscara nem distanciamento dos participantes no Carnaval. Sem grande aprofundamento, relembre-se as ondas de gripes, conjuntivite e doenças diarreicas que ocorrem logo após o Carnaval na Bahia”, acrescenta o pronunciamento.

O texto escrito na última sexta (26) pondera que este é o cenário mais provável observando a situação de países do continente europeu. Após um período de menor incidência da doença, o velho continente passa por uma nova onda de infecções. Leia o texto na íntegra.

Informações: BN

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