Um relatório produzido pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) entregue ao Palácio do Planalto alerta para o risco da proximidade pública do presidente Jair Bolsonaro com Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan. Elaborado em junho de 2020, o documento reúne investigações contra o empresário, sobre agiotagem, sonegação e contrabando.
Somente no estado de Santa Catarina, de acordo com o relatório, existem 25 processos judiciais abertos envolvendo os negócios de Luciano Hang.
A Abin decretou sigilo de cinco anos sobre as suas conclusões, mas o documento foi repassado para um membro da CPI da Covid e as informações foram divulgadas nesta terça-feira (22) pelo UOL.
Hang também foi investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) por lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, contrabando de importados e evasão de dívidas. Ele foi acusado de usar o primo Nilton Hang como “testa de ferro” no caso que ocorreu em 2003, na época do “Escândalo do Banestado”.
Ele também é suspeito de envolvimento com disparos de mensagens em massa durante as eleições de 2018, que o levou a ser alvo da CPI da Fake News.
Hang, que faz parte do núcleo ideológico de apoiadores de Bolsonaro, possui ainda uma condenação em segunda instância pela sonegação de R$ 2,5 milhões pelo não recolhimento da contribuição patronal ao INSS dos seus funcionários.
O empresário é um dos principais aliados do presidente e foi um dos incentivadores da sua campanha em 2018. Ele chegou, inclusive, a ser investigado por suspeita de coagir funcionários a votarem em Bolsonaro.
Informações; Bnews