As empresas de ônibus Rosa e São João, que prestam serviço de transporte público urbano em Feira de Santana, ameaçam rescindir o contrato com a prefeitura, caso medidas não sejam tomadas para solucionar a crise econômica enfrentada pelo transporte. A principal justificativa é a concorrência com os transportes clandestinos, conhecidos como “ligeirinhos”.
De acordo com o proprietário da empresa São João, Marco Franco, em entrevista concedida ao Conectado News, as empresas querem soluções plausíveis e não o aumento da tarifa. “Ninguém insano irá cobrar uma tarifa de R$ 6,90 para a população. Ou não entenderão o que foi passado ou estão desinformados, ou tentaram induzir o entendimento da população”, disse Marco a respeito de Fake News divulgadas sobre possível aumento de tarifa.
Marco completa. “Aumentar a tarifa hoje é um tiro no pé, vamos induzir as pessoas a utilizarem outros modais. O que temos que buscar, é trazer as pessoas para dentro do sistema, para ratear os custos”, completou.
As empresas de ônibus , que já operam o sistema há mais de 5 anos na cidade, atribuíram à prefeitura a responsabilidade dos problemas enfrentados pelo sistema do transporte urbano público do município.
“As empresas não estão aí para pagar para trabalhar, e cabe ao poder público equilibrar o sistema econômico. A decisão está nas mãos da prefeitura, não sou eu quem vou dizer ao poder público o que ele tem que fazer, mas eles tem várias opções, arcar com os custos ou combater o transporte clandestino e criar sistemas para aumentar o número de pagantes”, esclareceu.
Segundo o proprietário da empresa São João, as dificuldades enfrentada pelas empresas, é por conta da desleal concorrência com o transporte clandestino. “Hoje o sistema tem um custo elevado, temos as obrigações legais de transportar gratuidade, mas não temos um número de passageiros suficientes, porque temos um volume de transportes alternativo, clandestino que concorrem diretamente com o sistema regular”, afirmou.
A promessa da prefeitura, era extinguir o transporte clandestino, mas até o momento o sistema tem cada vez mais se fortalecido. “E quanto mais esses sistemas paralelos transportarem, teremos cada vez menos pagantes no sistema regular, e essa conta vai subindo cada vez. Se continuar da forma que estar, clandestino rodando solto, a tarifa de remuneração será cada vez mais alta e alguém terá que pagar essa conta, e nesse caso é o poder público”, concluiu Marco.
Informações: Conectados News
