Promotor do MP esclarece que órgão não tem atuação política para interferir na greve dos professores

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O promotor do Ministério Público de Feira de Santana, Audo Rodrigues, informou na manhã desta sexta-feira (1º), que o órgão vem acompanhando as manifestações dos professores da rede municipal que ocorrem desde ontem (31), assim como os embates entre a categoria e a prefeitura. No entanto, segundo ele, não é atribuição do MP interferir politicamente no movimento.

Audo Rodrigues esclareceu que o papel do Ministério Público é buscar garantir a oferta e a qualidade da educação no município. MP foi acionado para interferir na manifestação dos professores, a fim de negociar uma resolução para o problema. No entanto, o MP não poderia interferir no que estava acontecendo, pois não tem um papel político e não pode servir como mediador de uma situação que não é de sua competência.

“Vamos utilizar o bom senso e a situação não precisaria chegar a esse nível, pois na democracia que a gente vive, impõe que os direitos sejam preservados. A greve é um instrumento legal garantido na constituição, mas não posso achar que a invasão de um prédio público vá contribuir para que a sua pretensão seja efetivada. Diante de eventuais excessos, que devem ter ocorrido de ambas as partes, serão apurados, levados à delegacia de polícia. Mas em toda ação existe uma reação. Em ânimos acirrados, em situações em que um desgaste político está à frente, é preciso que as pessoas entendam que o meu direito termina quando começa o do outro. Se a greve é abusiva ou ilegal, o poder judiciário fará a sua atuação. O poder judiciário e a sociedade não podem aceitar que, para eu fazer valer o meu direito, tenho que fazer uso da força. Já o Ministério Público não tem atuação nesse sentido, não tem atribuição política para resolver uma demanda dessa natureza”, declarou. 

 

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