Produtora sobre oliveiras cultivadas com música clássica: “Carinho”

oliveiras-azeitona-azeite-Minas-Gerais-musica-classica-600x400-1

Você já imaginou colocar música clássica para aumentar a produtividade no campo? Em Minas Gerais (MG), a produtora Rosana Chiavassa espalhou 60 caixas de som entre as oliveiras e conseguiu colher azeitonas duas vezes no ano e produzir azeite de excelente qualidade.

Segundo ela, o normal é que a produção seja de apenas uma vez ao ano. Em 2020, entretanto, ela teve frutos em março e novembro. “Tinha que ser música clássica porque tem uma vibração e uma harmonia diferente […] Para mim foi o agradecimento das oliveiras pelo carinho da musica clássica”, diz em entrevista ao Metrópoles.

Rosana conta ainda que o azeite produzido pelas “suas oliveiras” foi o primeiro do Brasil classificado como “delicado” no nível de intensidade. Além disso, em 2021, o azeite produzido por ela foi considerado o melhor do mundo em Nova York, Paris e na Grécia. Neste ano, o prêmio foi conquistado na Itália, em Nova York e Istambul.

Veja trecho da entrevista de Rosana ao Metrópoles:
 

Tudo começou em 2010

Rosana Chiavassa é advogada de formação e durante viagens ao exterior teve o primeiro contato com as oliveiras. Apaixonada pelo que conheceu, em 2010 comprou o primeiro pé e o cultivou no seu escritório de advocacia em São Paulo.

Insatisfeita em ter apenas um pé, em 2018 conheceu um olival em Minas Gerais e decidiu cuidar dele. Ela conta que foi atrás de um musicoterapeuta que estudasse o impacto da música em plantas e decidiu aplicar a técnica em suas oliveiras.

“Conheço experiências semelhantes com pés de café e em bananeiras. Já pensou que bárbaro invadir o país com música não só para as plantas mas também para as pessoas?”, questiona.

Hoje, seu olival tem 5,7 mil árvores e seis funcionários, responsáveis por ligar as caixas de som de manhã e desligar no início da noite. Rosana fica de segunda a quinta em São Paulo e de sexta a domingo em Minas curtindo as oliveiras.

“Eu passo o inicio da semana me estressando na correria da advocacia e, a partir de sexta, vou para o campo desestressar com as minhas oliveiras”, destaca.

Veja o vídeo da plantação:

Pesquisa

Em 2007, em estudo realizado pelo Instituto Nacional de Agricultura Biotecnológia da Coreia do Sul, pesquisadores expuseram uma plantação de arroz ao som de 14 fragmentos de música clássica enquanto monitoravam o nível de atividade genética.

Os estudiosos ficaram surpresos ao perceber que o barulho provocou a reação em genes ligados ao crescimento. Os pesquisadores não souberam explicar o motivo de as plantas reagirem às ondas sonoras, mas especularam que as mudanças genéticas observadas poderiam ativar outros genes responsáveis pelo crescimento.

OUTRAS NOTÍCIAS