O município de Feira de Santana registrou no último final de semana, 2 e 3 de setembro, sete homicídios, atingindo 243 crimes no ano de 2023.
A equipe da Delegacia de Homicídios já conseguiu identificar alguns autores, mas as investigações ainda seguem em sigilo.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o coordenador da 1ª Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (1ª Coorpin), delegado Yves Correia, informou que uma operação denominada como “Operação Paz”, foi deflagrada em 12 estados brasileiros, e o município de Feira de Santana foi contemplado com a inserção de mais 50 policiais civis para ajudar nas elucidações dos crimes.
“Está neste momento, ocorrendo a Operação Paz, na qual nós aqui de Feira de Santana, recebemos um aporte de 50 policiais civis, entre delegados, escrivães e investigadores. O efetivo está focado nas mortes violentas e intencionais. O que nós percebemos destes homicídios, é que existe uma grande rivalidade entre os grupos de organizações criminosas que está ocorrendo em Feira de Santana, assim como em todo o Brasil. Neste final de semana durante uma operação no bairro Conceição, nós fomos recebidos a tiros, então este apoio de 50 policiais, irá reforçar ainda mais os levantamentos para novas operações que irão ocorrer em breve”, afirmou.
Segundo o delegado, este reforço de policiais, é fruto de uma determinação do Ministério da Justiça.
“Esta é uma operação a nível Brasil, são 12 estados brasileiros, e a Bahia foi contemplada. Esta é uma operação importante, porque não somente o aporte financeiro, mas também um efetivo, e sabemos que Feira de Santana não poderia ficar de fora, assim como Salvador. Lógico que ninguém aqui está feliz, nem comemorando, até porque nós temos um trabalho muito sério, dedicado e quando observamos as famílias, independente se existe um envolvimento ou não com o crime, são vidas”, destacou.
Questionado se os criminosos estão enfrentando as polícias, o delegado Yves Correia declarou que não há nenhum local, em que a Polícia Militar ou a Polícia Civil, seja impedida de ter acesso em Feira de Santana.
“Em todo lugar que passamos, tanto como Polícia Civil ou Polícia Militar, a polícia da Bahia, é uma polícia muito respeitada. Eu fui policial no Rio de Janeiro por 13 anos, e eu sei o quanto esta polícia da Bahia é respeitada. Não há lugar nenhum aqui no estado, principalmente em Feira de Santana, que a polícia não ingresse, que não entre. O ciclo operacional vai continuar, vai prosseguir e o efetivo só está aumentando, ou seja, as operações irão seguir fortes”, afirmou.
Ao Acorda Cidade, o coordenador informou que metade dos homicídios já possui uma linha de investigação com relação aos autores.
“Pelo menos metade desses homicídios já se tem uma autoria definida. Neste momento todo trabalho está sendo feito com a inteligência, mas claro, tudo de forma sigilosa e não posso expressar quem pode ser suspeito, quem pode ser autor, mas testemunhas já indicaram linhas para investigação”, concluiu.
Informações extraídas do Acorda Cidade
Foto: Ed Santos
