Mulher é espancada pelo namorado durante estadia de seis dias em motel

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Uma bancária de 29 anos está internada em estado grave após ter sido espancada pelo namorado em Caraguatatuba (SP). O casal permaneceu por seis dias em um motel e a mulher foi resgatada nesta terça-feira (27). O companheiro dela, um personal trainer de 37 anos, foi preso preventivamente em flagrante por tentativa de homicídio. Ele está no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caraguá.

Segundo a Polícia Civil, Andressa de Azevedo foi encontrada depois que a equipe do Motel Stylus acionou a polícia. Funcionários do estabelecimento relataram que o casal quebrou o interfone do quarto. Uma pessoa foi até a suíte e fez contato pela abertura em que são entregues pedidos – nesse momento, a mulher pediu socorro.

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À PM, os funcionários contaram que o casal estava no local há quase uma semana consumindo bebidas alcóolicas. Ao chegarem, a polícia encontrou a jovem desmaiada com ferimentos pelo corpo. O motivo das agressões será investigado.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e ela foi levada para o hospital Stella Maris. Andressa teve fraturas nos ossos da face e, segundo a família, corre o risco de perder a visão de um dos olhos pela gravidade das lesões.

De acordo com a polícia, o casal estava junto há seis meses e Leandro de Almeida já tinha sido internado algumas vezes em clínicas de reabilitação para dependentes químicos. Ao ser socorrida no motel, a jovem teria contado que eles fizeram uso de entorpecentes.

Antes de ser preso, o agressor também foi internado por causa do excesso de consumo de drogas. Ele foi liberado na manhã desta quarta-feira (28) e encaminhado para a audiência de custódia.

“Ele e a jovem ainda não têm condições de prestar esclarecimentos sobre o que pode ter motivado as agressões. Ainda vamos apurar isso. Mas ele foi autuado em flagrante por tentativa de homicídio por causa da gravidade das lesões”, informou o delegado Jairo Luis Pinto Ponteda, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), onde o caso foi registrado.

O pai da vítima, Osmar Azevedo, pede justiça. “Não há o que justifique o que ele fez com a minha filha. É uma dor sem tamanho o que estou sentindo”, afirmou. Ele disse ainda que a filha nunca relatou para ele ou outros familiares que o companheiro era agressivo. Azevedo não tinha contato com o genro. “Sabia quem era ele, mas nunca conversei, nunca estivemos juntos”, disse.

Outro lado

O advogado Bruno Romanelli, que faz a defesa do agressor, Leandro de Almeida, contestou a prisão do cliente. Ele apontou que Almeida sofre de síndrome do pânico e requer cuidados médicos, por isso, teria que ser internado em uma clínica.

Ele também disse que houve uma troca de agressões entre o casal e que acredita que o caso deveria ser considerado lesão corporal.

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