Durante uma ação da Lava-Jato, o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, foi condenado pelo juiz Sérgio Moro a 14 anos e 2 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Eram cerca de 11h terça-feira (13), quando a decisão foi publicada no sistema da Justiça Federal.
A mulher de Cabral, Adriana Ancelmo, foi absolvida por não ter provas suficientes que comprovassem a sua autoria ou participação nos crimes. Mônica Carvalho, também ré, foi absolvida pelo mesmo processo.
Segundo informações da força-tarefa da Lava Jato, os investigados tiveram envolvimento no pagamento de vantagens.
“Considerando a dimensão dos crimes e especialmente a capacidade econômica de Sérgio Cabral ilustrada pelo patrimônio declarado de quase R$ 3 milhões e, que considerando o examinado nesta sentença, certamente é maior, fixo o dia multa em cinco salários mínimos vigentes ao tempo do último fato delitivo (05/2014)”, disse Sérgio Moro sobre a multa destinada a Cabral.
Ainda que haja recurso, Cabral responderá preso, de acordo com a sentença do juiz Sérgio Moro.
“Os atos de corrupção e lavagem reconhecidos na presente sentença inserem-se em um contexto maior de prática sistemática de infrações penais pelo ex-governador e seus associados e que é ilustrado pelas cerca de nove ações penais contra eles já propostas na Justiça Federal do Rio de Janeiro e igualmente encontra prova neste mesmo feito no sentido de que era cobrado um percentual de vantagem indevida em toda obra pública realizada no Estado do Rio de Janeiro”, concluiu Sérgio Moro.
