Manifestantes de protestos recentes são agitadores, diz líder de Hong Kong

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A líder de Hong Kong, Carrie Lam, disse nesta segunda-feira (15) que os manifestantes que entraram em confronto com a polícia no sábado (13) e domingo (14) são agitadores, um termo legalmente tendencioso na cidade. Ela ainda apoiou as ações da polícia para aplicar a lei e perseguir os responsáveis pelos distúrbios.

Carrie fez os comentários em um hospital no qual visitou três policiais feridos nos distúrbios violentos de domingo entre a polícia e manifestantes revoltados com um projeto de lei de extradição.

“Agradecemos aos policiais por manterem a ordem social fiel e profissionalmente, mas eles sofreram em ataques destes agitadores – eles podem ser chamados de agitadores”, disse ela.

Como mais protestos são esperados nos próximos dias e semanas, existe o risco de seus comentários elevarem a tensão.

Alguns ativistas têm exigido que o governo evite usar o termo “tumulto” para se referir aos protestos. Uma condenação por tumulto no polo financeiro pode acarretar uma pena de 10 anos de prisão.

Dezenas de milhares de pessoas participaram do protesto de domingo, que terminou em caos em um shopping center onde centenas de manifestantes atiraram guarda-chuvas, capacetes e garrafas de plástico em policiais que lançaram spray de pimenta e usaram porretes.
Segundo a informação do governo, 28 pessoas, incluindo policiais, ficaram feridas.

O chefe de polícia, Stephen Lo, disse na noite de domingo que mais de 40 pessoas foram presas devido a acusações como agressão a policiais e reunião ilegal.

O chefe de segurança, John Lee, disse que o governo está preocupado com uma escalada aparente da violência por parte de ativistas que atiraram tijolos e barras de ferro.

“Descobrimos que as pessoas que atacaram a polícia são muito organizadas… elas são bem planejadas e existem planos de causar danos e perturbar a estabilidade social deliberadamente”, afirmou Lee ao visitar o hospital com Carrie.

Reuters/CdP

Foto: Kin Cheung/AP

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