Suspeito de ter assassinado com requintes de crueldade a própria companheira, então com 17 anos, acusado pode ganhar liberdade caso o Estado não providencie, em tempo hábil, até maio do próximo ano, a transferência do acusado, do presídio de São Paulo para Feira de Santana, para ser julgado. O alerta está sendo feito pela mãe da vítima, Marlene Guimarães Lima, ao apelar para o Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher, durante reunião ordinária, na Casa dos Conselhos, na manhã desta terça-feira, 31.
Marlene Guimarães recorreu ao Conselho de Defesa dos Direitos da Mulher para tentar chegar até as autoridades visando sensibilizar para a necessidade do Governo providenciar o translado do acusado para julgamento em Feira de Santana, onde praticou o crime. “O Governo baiano alega, entretanto, que não dispõe de recursos para fazer a transferência e, por isso, ele poderá responder em liberdade a partir do próximo ano”, lamenta a mãe da vítima.
O crime, conforme relata a mãe, ocorreu em 28 de janeiro de 2013, quando “Yara foi mantida em cárcere privado, durante três dias, sofreu espancamento e dois tiros de seu assassino e, em seguida, ateou fogo em seu corpo. Ela ficou internada no hospital até 14 de fevereiro do mesmo ano, quando veio a falecer. E o criminoso fugiu para São Paulo, onde só foi preso, por prisão preventiva, um ano depois. Mas sem julgamento ele só pode ser mantido preso durante até quatro anos”, alerta Marlene Guimarães.
Foto | Sara Silva/Secom
