Natural de Feira de Santana, na Bahia, Marília Santos tinha apenas sete anos de idade quando teve seu primeiro contato com a luta, através da capoeira. Nos treinos, deixou de ser Marilia para se transformar na “Chocolate”, apelido que carrega até hoje, aos 22 anos e prestes a fazer sua primeira luta de MMA em um evento internacional. No dia 19 de setembro, a baiana encara a neozelandesa Kate da Silva na rodada inaugural do torneio da categoria peso-mosca (até 56,7 kg) no XFCi 11, em São Paulo.
Da capoeira, Marília migrou para o boxe, em seguida para o muay thai e, por último, para o jiu-jitsu, modalidade na qual já conquistou a faixa-roxa. Em 2013, decidiu testar-se no MMA e causou impacto no cenário nacional: em suas três primeiras lutas, foram três vitórias no primeiro round – duas por nocaute e uma por finalização. O quarto triunfo veio por decisão dos juízes laterais em duelo apertado com Aline Sattelmayer, e abriu as portas do XFC para a Chocolate.
“Estou um pouco ansiosa pela estreia, mas é normal. O sonho de todo atleta é chegar em um evento do porte do XFC. É um salto que dei na minha carreira”, comemora a baiana. “Minha expectativa é a melhor possível. É o meu sonho em jogo, e vou fazer o que for preciso para seguir em frente com ele. Estar nesse evento significa que toda minha dedicação foi reconhecida e isso é só o começo”.
Sobre essa dedicação, Marília fala com orgulho. Atualmente, investe todo seu tempo e energia nos treinos, que são quatro por dia, seis vezes por semana. “Decidi viver da luta quando percebi que treinar e lutar era o que me fazia sentir viva. Hoje, graças a Deus tenho pessoas que me ajudam, que me dão a oportunidade de treinar”, agradece.