Jornalista mexicano morre espancado na fronteira com os EUA

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Um jornalista mexicano morreu espancado no estado de Tamaulipas, na fronteira com os Estados Unidos, elevando a ao menos cinco o número de comunicadores assassinados no México este ano, informou a procuradoria estatal depois de encontrar seu corpo nesta terça-feira (29).

Héctor González Antonio, “que colaborava como correspondente do jornal nacional Excélsior e meios de comunicação locais, morreu espancado”, reportou a instituição. Um colaborador da AFP e amigo do jornalista morto disse que ele havia desaparecido há dois dias.

O corpo do jornalista foi encontrado “esta manhã em uma rua da colônia Estrella” de Ciudad Victoria, capital de Tamaulipas, uma das regiões mais violentas do país pelo confronto entre traficantes de drogas, informou a Procuradoria.

González Antonio, que também era colaborador de radiodifusoras e da Televisa Monterrey, o escritório local da maior estação de televisão do México, era casado e tinha dois filhos.

Uma das últimas notícias reportadas pelo jornalista, de 42 anos, para o jornal Excélsior foi o assassinato de seu colega Carlos Domínguez, executado no município de Nuevo Laredo em janeiro passado. Também cobriu uma marcha de mães e familiares de desaparecidos ocorrida em 10 de maio, e outras informações de interesse humano.

Em 24 de maio, a jornalista Alicia Díaz González foi assassinada dentro de sua casa com uma arma branca. A ONU exigiu que não se descarte nenhuma linha de investigação, incluindo o feminicídio.

Mais de 100 comunicadores foram assassinados no México desde 2000. A maior parte dos crimes permanece impune.

Sem contar o homicídio de Díaz, este ano já haviam sido assassinados quatro jornalistas, segundo as organizações Repórteres sem Fronteiras e Artigo 19.

Em 2017 foram mortos ao menos 11 jornalistas, em meio a uma onda de violência vinculada com o narcotráfico que deixou um número recorde de homicídios a nível nacional: 25.339.

 

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