Era final de 2020, quando o aniversário do marido da norte-americana Theresa Rose se aproximava. Mãe de dois filhos, a mulher sentiu a pressão de tentar esquentar a relação com o homem e acabou surgindo a ideia: um ménage — ou uma relação à três.
Essa seria a primeira vez que a mulher — com criação conservadora e católica — teria uma experiência sexual com uma mulher, mas foi o suficiente para nascer uma grande paixão. “Viver essa interação íntima com uma mulher pela primeira vez, a profundidade física e emocional, foi tão intenso. Eu fiquei tipo: ‘Meu deus, isso é o que estava faltando na minha vida'”, contou Rose ao jornal norte-americano The New York post.
A mulher ainda detalhou que durante a adolescência até teve alguns “crush” em atrizes famosas, como Megan Fox e Jessica Alba, mas que nunca tinha de fato pensado em um relacionamento lésbico. “Depois de estar com aquela mulher, eu disse para mim mesmo: ‘É por isso que eu tenho estado tão infeliz com meu casamento. Meu relacionamento com meu marido, emocionalmente, parecia tão superficial e solitário comparado a minha conexão com a mulher’ (…) Me sinto tão livre, finalmente vivendo autenticamente”, detalha.
Após o divorcio, Rose foi viver com a amada — identificada na matéria como Jacqui — na cidade de Portland, no estado de Oregon, nos Estados Unidos. As duas criam os dois filhos de Rose.
Apesar de Rose ter tomado a iniciativa de procurar o ménage, aquilo foi uma novidade para ela, pois, até então, jamais havia se relacionado com uma mulher. “Viver essa interação íntima com uma mulher pela primeira vez, a profundidade física e emocional, foi tão intenso.
Eu fiquei tipo: ‘Meu deus, isso é o que estava faltando na minha vida'”, contou elaiaecolaApesar de Rose ter tomado a iniciativa de procurar o ménage, aquilo foi uma novidade para ela, pois, até então, jamais havia se relacionado com uma mulher.
“Viver essa interação íntima com uma mulher pela primeira vez, a profundidade física e emocional, foi tão intenso. Eu fiquei tipo: ‘Meu deus, isso é o que estava faltando na minha vida'”, contou ela
A princípio, todos os sentimentos pareceram um pouco conflitantes, ainda mais na mente de uma pessoa criada por uma família católica conservadora, em Orange County, na Califórnia, e que ouvia que “gays vão para o inferno”. Ela diz que talvez por isso, quando mais nova, não tenha parado para analisar que as paixões que nutria por mulheres famosas, como a cantora Pink e as atrizes Megan Fox, Carmen Electra e Jessica Alba, fossem mais do que uma admiração.
“Depois de estar com aquela mulher, eu disse para mim mesmo: ‘É por isso que eu tenho estado tão infeliz com meu casamento. Meu relacionamento com meu marido, emocionalmente, parecia tão superficial e solitário comparado a minha conexão com a mulher'”, disse. “Me sinto tão livre, finalmente vivendo autenticamente.”.
Pessoas que descobrem, ou aceitam, o interesse por pessoas do mesmo gênero em fases mais avançadas da vida sempre existiram. No caso específico das mulheres, há estudos sobre o assunto que indicam uma forte tendência que isso aconteça, com muitas delas tendo maior adaptação à fluidez sexual
“Muitas mulheres têm uma ampla capacidade para diversas formas de desejo sexual – para múltiplos parceiros, parceiros do mesmo sexo, etc. – do que elas mesmas podem imaginar”, explicou Lisa Diamond, pesquisadora de fluidez sexual da Universidade de Utah. “Como mulheres, somos criadas presumindo que somos heterossexuais e ensinadas a procurar o parceiro certo.”.
UOL/ Universa