“Ele se desesperou e enterrou o corpo”, diz policial após prisão de padrinho de menino

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A busca pelo menino Marcos Vinícius de Carvalho dos Santos, de apenas 2 anos, que tinha sido dado como desaparecido na sexta-feira passada, terminou ontem após a polícia localizar o corpo do garoto. Marcos Vinícius estava enterrado em um areal próximo à Alameda Afrânio Coutinho, atrás do Tchê Caranguejo, em Itapuã, bairro onde morava com o padrinho, o cabeleireiro Rafael Pinheiro de Jesus. Ele foi preso em flagrante por ocultação de cadáver.

O major Carlos Humberto, comandante da 15ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Itapuã), já havia confirmado que Rafael foi à delegacia acompanhado de um advogado e teria confessado o crime. “Nossa primeira preocupação foi encontrar o corpo, ver se era mesmo do menino. Parece que ele se arrependeu, mas ele ainda vai ser ouvido, aí vamos saber a motivação, circunstâncias”, disse o major, antes de ser divulgada a versão de Rafael.

Após indicação de Rafael Pinheiro, policiais localizaram corpo de Marcos Vinícius em areal próximo à Alameda Afrânio Coutinho, em Itapuã (Foto: Almiro Lopes)

Após o depoimento, o chefe do Serviço de Investigação (SI) da delegacia de Itapuã, Júlio Oliveira, contou que Rafael disse que enterrou o afilhado depois de ele passar mal com um mingau, na noite de quinta-feira.“Ele disse que o menino passou mal, que durante a noite ele deu um mingau e o menino passou mal. Ele se desesperou e enterrou o corpo, tudo isso na noite de quinta-feira”, disse Júlio. A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação da Polícia Civil.

“Depois (do relato), ele passou a colaborar, foi ele que mostrou onde estava o corpo”, disse o delegado titular da 12ª Delegacia, Antonio Carlos Santos. Ontem à tarde, ele ouviu novamente a mãe de Marcos Vinícius, Fabiana Carvalho, 18 anos, e o pai biológico, cujo nome não foi divulgado. Rafael não tinha passagem pela polícia.Durante o novo depoimento, Fabiana chorou e não quis falar com a imprensa. Ela foi à delegacia com uma camisa com a foto do filho e a inscrição “Desaparecido”, usada em uma manifestação no último domingo.

Antes, ela tinha dito à polícia que havia deixado o filho com o padrinho há cerca de quatro meses, depois de ter conseguido um emprego como garçonete, no qual trabalhava à noite. Fabiana tinha conhecido Rafael apenas um mês antes de entregar Marcos Vinícius para morar com ele.

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