Danone: torre do PCC morto pela PM no Guarujá se passava por pescador

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São Paulo — Apontado como o responsável pelas articulações entre a cúpula e o “baixo clero” do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Guarujá, Rodrigo Pires dos Santos, o Danone, se passava por pescador na cidade do litoral paulista para tentar despistar a polícia, segundo registros do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
Danone foi morto nessa sexta-feira (16/2) em suposta troca de tiros com policiais do Comando de Operações Especiais (COE), tropa de elite da Polícia Militar (PM). Segundo a polícia, ele coordenava o tráfico de drogas no Guarujá para o PCC, função conhecida na facção como “torre” ou “geral do progresso”, espécie de gerente regional
No mais recente processo movido contra Danone, em 2018, ele declarou que tinha um barco e que ganhava R$ 2 mil por mês como pescador. Na ocasião, o gerente do PCC foi preso por porte ilegal de arma de fogo.
De acordo com o boletim de ocorrência do caso, ele e mais três suspeitos foram abordados pela PM quando o carro que ocupavam transitava pelo centro de Santos, no litoral paulista. Antes mesmo de os policiais vistoriarem o veículo, segundo o registro, Danone teria dito “perdi, senhor”, e entregado uma pistola calibre 9 milímetros.

O gerente regional da maior facção criminosa do país teria argumentado, ainda de acordo com os registros policiais, que segurava a arma de um dos ocupantes do carro. A versão dele não convenceu as autoridades.
Outra reação
Desta vez, ao contrário do que foi relatado na abordagem em 2018, Danone teria atirado contra policiais militares que se aproximaram do apartamento onde ele estava, no bairro Santa Cruz dos Navegantes, no Guarujá, na manhã desta sexta-feira.

Como o Metrópoles mostrou, PMs do COE realizavam patrulha em um barco quando teriam avistado um homem armado com fuzil, na janela de um apartamento. Os policiais, então, desembarcaram e se deslocaram até o prédio
Assim que entraram no edifício, os PMs afirmaram ter avistado um suspeito correndo para dentro de um apartamento, cuja porta teria ficado aberta. No momento em que os agentes se aproximaram do imóvel, eles afirmaram terem sido recebidos a tiros por três suspeitos, dos quais um armado com fuzil e dois com pistolas.

Entre eles estava Danone, morto junto com os outros dois homens — as identidades deles não foram informadas.

Informações extraídas do site Metrópoles

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