A morte do policial militar Cristiano Ramos Pinto, que morava em Feira de Santana, causou forte comoção à população e chamou a atenção para o grande número de policiais mortos, não só na cidade, mas todo o Brasil.
Cristiano Ramos Pinto morreu no último sábado (31), depois de passar quatro dias internado em estado grave na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital da Bahia, após ser vítima de um tiro na cabeça durante um assalto ao pedágio da BA-524, em Candeias.
O comandante do Comando de Policialmente Regional Leste (CPRL), Luziel Andrade, lamentou a morte de Cristiano. Segundo ele, é comum que vários policiais saiam da cidade onde moram para trabalhar em outra cidade.
“Ele trabalhava em Camaçari e, num deslocamento, vem aquela coisa que está no sangue da polícia, e foi revidar a abordagem dos elementos e aconteceu esse fato que nós só temos a lamentar”, afirmou o coronel Luziel Andrade.
Ele afirmou que também já passou pela situação de viajar para trabalhar e revelou alguns cuidados que teve durante esse período.
“Passei quase um ano viajando para Porto Seguro e o que eu fazia era tomar os cuidados de praxe. Eu não ficava na frente do ônibus, procurava me sentar no fundo. Não levava documentação em local de fácil acesso. Procurava não andar fardado, até porque eu andava sozinho. E outra coisa que eu alerto é que não se deve reagir quando estamos em um número inferior aos agressores”, recomendou.
De acordo com o coronel, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia tem uma força-tarefa designada à apuração de crimes contra policiais militares e civis. E o que pode ser feito, segundo ele, é a capacitação dos agentes para o combate ao crime.
Luziel Andrade pediu a colaboração da população no apoio ao combate ao crime. “Aqui em Feira de Santana, as pessoas, ao chegar a polícia, ninguém sabe e ninguém viu. Não sabem dizer a cor de um veículo que cometeu o delito, mas as pessoas têm que ter consciência que o crime crescendo é um problema pra todos, não somente para a Polícia Militar”, ressaltou.
