Comidas gordurosas dificultam alívio do estresse no corpo, diz estudo

bolo

Você é daqueles que em momentos de estresse recorre a uma pizza, um sorvete ou um chocolate? É comum que as pessoas descontem as frustrações do dia a dia na comida, especialmente a gordurosa, mas uma pesquisa recente apontou que isso não alivia o estresse: ao contrário, pode prejudicar a recuperação do corpo.

Segundo os cientistas da Universidade de Birmingham, do Reino Unido, em um estudo publicado na revista científica Frontiers in Nutrition em novembro, os alimentos panificados, gordurosos e excessivamente doces, que costumam ser os queridinhos quando o assunto é comida de conforto, acabam reduzindo a oxigenação cerebral e causando piora na função vascular em adultos.

Esse impacto circulatório mantém os hormônios do estresse, especialmente o cortisol, por mais tempo em ação e circulação no corpo.

Como foi feita a pesquisa?

A pesquisa foi feita com 22 adultos saudáveis divididos em dois grupos. O primeiro ingeriu dois croissants com dose extra de manteiga após horas de jejum e o segundo recebeu uma porção de frutas com pouca gordura: maçãs, uvas e frutas vermelhas.

Em seguida, eles foram estimulados a fazer uma série de contas matemáticas sem auxílio de papel ou tecnologia. O tempo para dar a resposta diminuía a cada momento e um aviso sonoro avisava a cada vez que eles erravam. A prova foi pensada para reproduzir o estresse de estudantes e trabalhadores de todo o mundo.

A investigação apontou que consumir alimentos gordurosos quando mentalmente estressado reduziu a função vascular em 1,74%. Estudos anteriores demonstraram que uma queda de 1% na função vascular leva a uma diminuição de 13% na limpeza do organismo para retirar respostas ao estresse, como o cortisol e citocinas pró-inflamatórias.

Ao comer os croissants, os voluntários tiveram essa redução vascular mantida com o tempo, ficando ativa até em 90 minutos. Entre os que tiveram refeições saudáveis, ela durou cerca de um terço deste tempo.

“Observamos jovens saudáveis ​​de 18 a 30 anos para este estudo e percebemos uma diferença significativa em como seus corpos se recuperam do estresse quando comem alimentos gordurosos. É impressionante. Para pessoas que já apresentam um risco aumentado de doenças cardiovasculares, os impactos podem ser ainda mais graves”, explica a professora de psicologia Jet Veldhuijzen van Zanten, principal autora do estudo, em comunicado à imprensa.

Informações extraídas do Metrópoles

OUTRAS NOTÍCIAS