Com interdição do presídio, Complexo Policial fica superlotado e atrapalha serviço da Polícia Civil

complexo

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Desde o dia 26 de abril com o Conjunto Penal de Feira de Santana interditado as pessoas presas estão ficando em celas do Complexo Policial no bairro Sobradinho. Atualmente 27 presos estão custodiados no local. De acordo com o coordenador de polícia, delegado Roberto Leal, essa situação atrapalha o serviço da Polícia Civil.

“As polícias Civil e Militar não param, o trabalho precisa ser feito e infelizmente essa situação se perdura. Hoje já estamos com 27 pessoas custodiadas, inclusive com mulheres presas, e essa situação torna tudo difícil. Temos poucas celas que podemos usar e temos que separar menores, mulheres, além de outras situações que ocorrem. Às vezes temos prisão de idosos, prisão relativa a pensão alimentícia, que precisa ficar separado, e as prisões temporárias. Tudo isso dificulta nosso trabalho”, afirmou.

Segundo ele, o Complexo Policial conta com cinco celas que podem ser utilizadas. Uma das medidas para tentar resolver a questão é tentar fazer a condução imediata dos menores apreendidos. Roberto Leal informou que vai fazer contato com a vara da infância para tentar fazer essa condução imediata para que a cela fique vaga para ser utilizada.

“Estamos escolhendo os presos que podem ficar junto com outros, para tentar diminuir os problemas que por ventura possam acontecer. Também estamos em contato com diversos órgãos a fim de tentar uma solução o mais rápido possível para esse problema, mas a gente sabe que não depende apenas da Polícia Civil, como também de outros órgãos que participam do sistema carcerário. Esperamos que nos próximos dias essa solução chegue, pois já começa a trazer transtornos para o bom andamento da Polícia Civil”, disse.

O delegado destacou que a equipe está tentando fazer o trabalho e ajustar a situação da melhor forma possível. Segundo ele, foi feita uma escala extra para reforçar o plantão, já que além do serviço interno, também é necessário continuar atendendo a população. Para isso, mais dois investigadores estão trabalhando durante o dia e mais dois durante a noite.

“Precisamos dá suporte a população que procura o complexo do Sobradinho. 27 presos demanda um efetivo maior de policiais tanto para fazer a custódia como para outras solicitações durante o dia. Às vezes o preso precisa ir ao médico, a audiência e tudo isso está sendo feito pelos investigadores de polícia, desviando parte deles do serviço de investigação”, disse.

Sobre a alimentação dos presos que estão no Complexo Policial, o delegado Roberto Leal informou que existe um convênio com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária e que a alimentação está sendo feita através dessa parceria. No entanto, ele informou que já foi feita uma solicitação à Secretária de Segurança Pública, para uma licitação para o fornecimento da alimentação, de forma emergencial, já que não há previsão de quanto tempo a interdição do Conjunto Penal vai durar.

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