Cirurgias bariátricas realizadas pelo SUS cresceram 215% entre 2008 e 2017

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O número de cirurgias bariátricas realizadas pelo Sistema Único de Saúde cresceu 215% entre 2008 e 2017. Os estados do Sudeste e do Sul puxam alta: Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo respondem por 82% dos procedimentos na rede pública. Os dados são da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), que usou informações do Datasus e do Sistema de Informações Hospitalares.

No total, o Brasil realizou 105.642 cirurgias em 2017, um crescimento de 47% em relação a 2012. A tendência de crescimento se seguiu ao longo dos anos em todos os setores, diz a entidade. No setor privado, a média de crescimento anual foi de 6% a 7% nos últimos anos — enquanto no SUS o incremento anual médio foi de 13,5%.

Migração de pacientes do setor privado para o SUS nos últimos anos ajuda a explicar crescimento, segundo a instituição. Em média, cada procedimento custa R$ 6 mil ao SUS e R$ 13 mil no setor privado – honorários de médicos e de hospitais mais baixos na rede pública explicam a diferença de custo.

Embora a tendência seja de crescimento e o cenário seja melhor que há alguns anos, Caetano Marchesini, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, diz que o número de cirurgias feitas no Brasil em 2017 atende a 2% dos elegíveis ao procedimento. Hoje, 5 milhões de brasileiros teriam indicação para a cirurgia.

O especialista diz que indivíduos com obesidade mórbida e com doenças crônicas associadas à obesidade estão dentre os 5 milhões de brasileiros com indicação para o procedimento. Estudos e evidências nas últimas décadas têm demonstrado que a cirurgia não só ajuda com questões diretamente relacionadas à obesidade, mas com questões associadas ao aumento do peso — como é o caso da diabetes tipo 2.

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