Brasileiro faz doações via método natural e já engravidou mais de 50 mulheres

kristoffer-ferreira

kristoffer-ferreira

Em Sete Vidas, Miguel faz uma doação anônima de sêmen nos EUA sem nunca imaginar que isso causaria uma reviravolta em sua vida no futuro. Na novela, o motivo que leva o personagem interpretado por Domingos Montagner e Jesuíta Barbosa a tomar essa decisão é puramente financeiro, já que no país norte-americano essas doações são remuneradas. No Brasil, os voluntários não ganham dinheiro com este ato, ou seja, as razões que os levam a doarem o sêmen são outras.

Há aproximadamente um ano, pensando em ajudar mulheres que queriam ter filhos, o brasileiro Kristóffer Ferreira resolveu iniciar um trabalho voluntário, mas de uma forma diferente. “O método que eu uso para fazer o procedimento de doação é independente”, explica. Em outras palavras, o brasileiro não passa por nenhuma clínica especializada, nem por bancos de sêmen.

Kristóffer criou, inclusive, um site para ampliar esse trabalho e atrair mulheres que buscam doadores. “Depois que a gente faz entrevista, a pessoa é aprovada e os exames são apresentados dos dois lados, nós vamos para um motel para poder fazer o procedimento. Existe um método mais fácil e mais garantido, que é o método natural, e existe o método em que ela tem que fazer a inseminação”, diz o doador, que garante já ter ‘atendido’ mais de 50 mulheres.

A escolha de Kristóffer, porém, é arriscada por diversos motivos. Uma delas é a possibilidade de aumentar o número de relacionamentos entre meios-irmãos que desconhecem o parentesco, uma vez que não há um controle geográfico em suas doações. “Teria o risco de juntarmos genes recessivos que levariam a doenças muito raras. Esse doador clandestino jamais vai ter a habilidade de avaliar um potencial risco à futura prole, aos futuros descendentes”, explica o Doutor Eduardo Motta, sócio-fundador do Grupo Huntington.

Sabendo disso, a dúvida que vem à cabeça é por que Kristóffer escolheu este método de doação e não o controlado. Ele responde: “Eu optei por fazer a doação fora do banco de sêmen porque queria acompanhar e conhecer a pessoa que receberia a minha doação, já que isso é uma coisa muito séria”.

OUTRAS NOTÍCIAS