Após notificação da Seman, Jacarés assombram equipe do Inema na Lagoa Grande

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Após a Prefeitura de Feira de Santana, através da Secretaria de Meio Ambiente notificar a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), na manhã desta quinta-feira (24/09), uma equipe do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Inema) fez uma inspeção na área da Lagoa Grande, que fica entre os bairros Caseb e Parque Getúlio Vargas na manhã desta sexta-feira (25/09).

A Seman solicita que a Conder apresente o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (Prad) e cópia das condicionantes da Licença Ambiental do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). Prad é o documento que diz o que se deve fazer com a fauna e a flora dos locais onde vão ser realizadas as obras.

A equipe Inema, liderada por Messias Gonzaga, coordenador do órgão explicou que o objetivo era verificar a existência de jacarés vivendo na Lagoa. O coordenador, que estava com mais dois técnicos constatou que agora não se tratam mais de boatos e que os jacarés realmente existem na lagoa, o que segundo Messias representa perigo para a comunidade.

“A lagoa era tomada por taboas (vegetação aquática nativa) e era difícil o acesso ao banho e agora que a lagoa está sendo completamente recuperada, as pessoas poderão querer entrar na água”, observou Messias Gonzaga.

Segundo ele, os jacarés são uma espécie invasora, pois não há uma lagoa em Feira de Santana que tenha animais como esses. Ele acredita que os jacarés tenham sido trazidos por alguma pessoa. “É um risco muito grande para as pessoas e para eles próprios – para as pessoas, porque eles podem cometer um acidente fatal e eles não são domesticáveis. E as pessoas podem matá-los para comer”, afirmou.

O Estado tem a responsabilidade de providenciar a captura e entrega dos animais no Jardim Zoológico em Salvador, conforme o coordenador do Inema. Ele reconhece que a captura não vai ser fácil e que, para a ação ser realizada, deve ser solicitado o apoio do Ibama e até do Corpo de Bombeiros.

Messias Gonzaga se disse surpreso com o tamanho do jacaré e disse que, se os animais chegaram filhotes na lagoa, devem estar lá há muitos anos. “Temos que ver quantos são. Os nossos técnicos vão entrar no circuito para ver o que fazer. As pessoas ficam falando que os animais não representam perigo, mas se alguém for morto, quem vai ser responsabilizado é o Estado”, destacou.

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