Apae realiza seminário sobre educação para pessoas com necessidades especiais

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A Associação de Pais e Amigos Excepcionais de Feira de Santana (Apae) está realizando o XI Seminário com o tema ‘Educação ao longo da vida, em uma escola para todos’. O evento, que vai até esta sexta-feira (4), está acontecendo no Hotel Ibis.

De acordo com a coordenadora do seminário, Raquel Peixoto Leite, o assunto é voltado não só para pessoas com deficiência intelectual, mas também aquelas que necessitam de flexibilidade e adaptações a nível escolar.

“A mensagem principal é o direito que toda pessoa com deficiência ou não tem de acesso a uma educação que respeite as suas individualidades, as suas necessidades. E que a idade cronológica seja refletida, porque às vezes ela não é compatível com a idade intelectual da pessoa. Também uma escola que absorva a todos independente das suas necessidades educativas especiais”, explicou Raquel Peixoto Leite.

A Apae

Segundo a coordenadora do seminário, a Apae oferece atendimento educacional especializado a cerca de 411 pessoas, e atendimento ambulatorial para mais de mil pacientes.

“Na área da saúde atendemos em todas as áreas com médicos, psiquiatria, fonoaudiologia, psicologia e todas as áreas complementares para o desenvolvimento da pessoa com deficiência. Na área educacional, temos o atendimento especializado, um núcleo para contemplar a longevidade dos alunos, que é o espaço Conviver, para os alunos com mais de 30 anos e deficiência intelectual, e também o núcleo de atendimento para pessoas com dificuldade física e pessoas com autismo”, informou.

A entidade, conforme Raquel Peixoto Leite, oferece há mais de 33 anos à comunidade feirense um atendimento de qualidade. A Apae é mantida através do financiamento do SUS, colaboradores associados da instituição e alguns programas que garantem a sua atuação.

A dona de casa Luciane Jesus dos Santos, de 39 anos, é mais dos gêmeos de 10 anos de idade Rodrigo e Rafael, que possuem a deficiência do espectro autista. Ela conta que precisou deixar o emprego para cuidar das crianças, pois a rotina envolve muitas atividades e cuidados especiais.

“O meu dia é bem agitado. Tem o acompanhamento, eles estudam na escola regular e ainda tenho minhas atividades em casa, mas nada que a gente não possa vencer no final do dia. Rodrigo e Rafael foram diagnosticados aos cinco anos. Eles falavam e pra mim eram crianças normais, até que eu percebi que eles tinham algo de errado quando começaram a ir pra escola na fase de 3 para 4 anos”, afirmou.

Luciane Jesus dos Santos disse que à medida que foi compreendendo os filhos, a convivência foi se tornando melhor. Para ela, o principal desafio é enfrentar o preconceito da sociedade.

“O entendimento da sociedade é muito difícil. No caso dos meus, por eles serem autistas, tem alguns tipos de comportamento que perante uma criança normal parecem ser de uma criança mal educada, que tem a birra. E muitas pessoas não entendem”, revela.

Ela falou também sobre o atendimento prestado pela Apae. “É uma relação maravilhosa. A gente só sabe o que é a Apae de verdade quando passa a conviver com ela. Eles acolhem tanto as mães quanto os filhos. O acolhimento é muito grande.”

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