Agressão de bolsonaristas na Bahia causa reação da classe política nacional; Agressor é secretário e Carlos Bolsonaro faz chacota

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A agressão aos repórteres Camila Marinho e Cleriston Santana, da TV Bahia, e aos repórteres Xico Lopes e Dário Cerqueira, da TV Aratu, repercutiu entre a classe política nacional. Os profissionais da imprensa baiana foram vítimas dos seguranças do presidente Jair Bolsonaro, durante uma visita a Itamaraju, neste domingo (12).

A deputada Joice Hasselmann (PSDB-SP), ex-líder de governo do Congresso Nacional, ressaltou que a violência contra a mídia tende a crescer na eleição de 2022. “Estão agredindo até o SBT! A violência contra a imprensa tende a crescer em 22, uma vez q os envolvidos neste tipo de ataque seguem impunes. Minha solidariedade aos jornalistas que estavam apenas fazendo o seu trabalho”, escreveu, nas redes sociais.

O senador Rogério Carvalho (PT-SE) fez um paralelo do caso com fato de o presidente não querer exigir o comprovante de vacinação. “Para Bolsonaro, um comprovante de vacinação que protege a vida do povo brasileiro significa ditadura. Para esse mesmo Bolsonaro, agredir e tentar calar a imprensa, como você pode ver no vídeo, significa democracia. Retirar essa gente do poder é uma tarefa humanitária de todos!”, postou.

O deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) avaliou que “o ataque aos profissionais da TV Bahia, hoje, é o retrato do autoritarismo desse governo que não se sustenta fora do cercadinho. “Bolsonaro é uma ameaça constante à democracia e precisa sair já da presidência. Toda solidariedade aos trabalhadores que foram atacados”, declarou.

O senador baiano Jaques Wagner (PT) prestou solidariedade aos profissionais. “Minha solidariedade às equipes da TV Bahia e TV Aratu pelas agressões sofridas em visita do presidente hoje ao extremo sul baiano. Cenas que infelizmente se tornaram comuns no Brasil, graças a um governo que atenta contra a liberdade de imprensa e fomenta a violência”, disse, em nota.

O deputado federal baiano Félix Mendonça Júnior (PDT), também fez uma série de questionamentos. “Será que toda vez que o presidente vem à Bahia tem que haver episódios de agressão à imprensa? E por que quase sempre esses episódios envolvem repórteres mulheres? É revoltante! Minha solidariedade à imprensa e às mulheres que precisam lidar com esse governo troglodita”, rechaçou.

De acordo com a GloboNews, a equipe de segurança de Bolsonaro formava uma espécie de paredão no estádio onde o chefe do executivo pousou e agiu para impedir a aproximação de repórteres. Um dos seguranças segurou a repórter Camila Marinho com a parte interna do antebraço, numa espécie de “mata-leão”. Ao BNews, Camila declarou que passa bem e que não pretende tomar medidas no momento. “Está tudo bem, graças a Deus”, garantiu.

Reprodução/TV

O secretário de Obras de Itamaraju, Antonio Charbel, conhecido como “Tonimaq”, foi flagrado pelas câmeras da TV Bahia em meio ao episódio de agressão aos repórteres Camila Marinho e Cleriston Santana, da afiliada da TV Globo, e aos repórteres Xico Lopes e Dário Cerqueira, da TV Aratu, neste domingo (12).

Ele é o apoiador de Jair Bolsonaro que puxou o microfone de Camila no estádio onde o presidente pousou para visitar o município do Extremo Sul, que está sendo castigado pelas fortes chuvas. O aparelho do canal teve a espuma rasgada. Fontes do BNews na cidade informam que o secretário é conhecido por ter temperamento forte e se envolver em polêmicas.

A reportagem não conseguiu entrar em contato com a Prefeitura de Itamaraju para saber se a gestão gostaria de se pronunciar sobre o episódio. O secretário também não foi encontrado. A matéria será atualizada caso algum posicionamento seja enviado.

Ao BNews, Camila declarou que passa bem e que não pretende tomar medidas no momento. “Está tudo bem, graças a Deus”, garantiu. A Globo também repudiou o caso e se solidarizou com os profissionais.

De acordo com o canal, a equipe de segurança de Bolsonaro formava uma espécie de paredão no estádio onde o chefe do executivo pousou e agiu para impedir a aproximação de repórteres. Um dos seguranças segurou a repórter com a parte interna do antebraço, numa espécie de “mata-leão”.

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), repudiou o caso e defendeu que a liberdade de imprensa é um dos fundamentos da democracia. “Minha solidariedade à equipe de reportagem da Rede Globo, que foi agredida e impedida de realizar a cobertura jornalística durante carreata com o presidente em Itamaraju, na Bahia”.

“A liberdade de imprensa é pilar fundamental da democracia e qualquer ataque ao jornalismo merece repúdio. O momento é de trabalho e solidariedade no Extremo Sul. Repudio violência contra a imprensa e oportunismo num momento de dor diante de uma tragédia. Vamos trabalhar”, finalizou.

Divulgação

O filho do presidente Jair Bolsonaroo vereador Carlos Bolsonaro (RJ), atacou novamente a imprensa após o caso de agressão a jornalistas da TV Bahia e da TV Aratu no Extremo Sul do Estado neste domingo (12). O episódio de covardia está gerando comoção em toda a mídia baiana e causando notas de repúdio de políticos e instituições.

O edil comentou sobre a notícia publicada pelo BNews, compartilhada pelo vereador Alexandre Aleluia (DEM), de que a repórter Camila Marinho, da afiliada da Globo, levou um “mata-leão” de um dos seguranças do pai.

“Tem método! Na primeira vez na Itália não deu certo, hoje do nada uma ‘jornalista’… Essa raça não vai desistir. Estão desesperadamente famintos pelo dinheiro do contribuinte!”, escreveu, no Twitter, no início da noite deste domingo (12).

Carlos Bolsonaro ironiza agressão a jornalista na Bahia.
Carlos Bolsonaro ironiza agressão de segurança a jornalistas na Bahia

De acordo com a GloboNews, a equipe de segurança de Bolsonaro formava uma espécie de paredão no estádio onde o chefe do executivo pousou e agiu para impedir a aproximação de repórteres. Um dos seguranças segurou a repórter com a parte interna do antebraço, numa espécie de “mata-leão”.

Ao BNews, Camila declarou que passa bem e que não pretende tomar medidas no momento. “Está tudo bem, graças a Deus”, garantiu. Os repórteres Xico Lopes e Dário Cerqueira, da TV Aratu, também foram vítimas da agressão. A Globo também repudiou o caso e se solidarizou com os profissionais.

Leia a íntegra da nota da Rede Globo:

“A TV Globo afirma que as agressões deste domingo mostram que já passou da hora de a Procuradoria-Geral da República dar o seu parecer na ação que corre no Supremo, tendo como relator o ministro Dias Toffoli. A imprensa cumpre um direito inscrito na Constituição e deve ter a sua segurança garantida.

As cenas bárbaras de hoje e aquelas ocorridas na Itália, no dia 31 de outubro, ensejam duas constatações: se os seguranças agem por conta própria, a Presidência deve ser responsabilizada por omissão. Se agem seguindo ordens superiores, a Presidência deve ser responsabilizada por atentar contra a liberdade de imprensa e fomentar a violência contra jornalistas.

Além disso, é escandalosa a atitude da Presidência de deixar jornalistas à própria sorte, em meio a apoiadores fanáticos, que são insuflados quase diariamente pelo próprio presidente em sua retórica contra o trabalho da imprensa.

Frente aos evidentes e graves riscos enfrentados por repórteres de todos os veículos, é urgente que o Judiciário se pronuncie. A Globo repudia as agressões aos repórteres Camila Marinho e Cleriston Santana, da TV Bahia, e aos repórteres Xico Lopes e Dário Cerqueira, da TV Aratu, e se solidariza com eles”.

Informações; BNews

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