Os 126 funcionários da unidade Pirelli em Feira de Santana que entraram no sistema de lay off (suspensão temporária de contratos), retornaram ao trabalho no último dia 27. De acordo com o presidente do Sindborracha, Jacson Crispim Ramos, o sindicado fez um acordo para que os trabalhadores não perdessem os direitos trabalhistas e todos os funcionários receberam o seguro desemprego durante os dois meses em que ficaram com os contratos suspensos. O lay off foi iniciado no dia 18 de maio.
“Existe o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), criado pelo governo para socorrer todas as empresas que passam por dificuldades financeiras, que pagou a parcela do seguro desemprego e a complementação foi feita pela empresa Pirelli. Por exemplo, o trabalhador recebe 2 mil reais por mês, ele recebeu 1.385 reais do plano do FAT e a diferença, a empresa se comprometeu a complementar pra não haver perda salarial”, explicou.
Segundo Jacson Crispim Ramos, a empresa Pirelli já vinha apresentando alguns números de perda de 20% a 30% desde o ano passado na produção e, dessa forma, alegou que estava passando, nacionalmente, por uma crise, por isso elaborou o lay off.
“A lei diz que o lay off é no mínimo dois meses e no máximo cinco meses. Com dois meses a Pirelli informou a suspensão do lay off, pois está vindo algumas medidas para Feira de Santana e vai precisar desses trabalhadores. No momento a empresa ainda não sinalizou a possibilidade de outro lay off. Teremos uma reunião na próxima terça-feira (4) com um diretor nacional de RH da empresa, para a gente adequar algumas coisas que ficaram em aberto, como a posição que vamos passar para os trabalhadores que já retornaram, pois ainda existe um suspense entre eles”, destacou.
