Várias unidades de saúde de Feira estão sem profissionais e materiais para atendimento odontológico

1º dia de atendimento no Centro de Especialidades Odontológicas - CEO. Centro. Macaé/RJ - Data: 05/06/2014. Foto: Moisés Bruno / Prefeitura de Macaé.
1º dia de atendimento no Centro de Especialidades Odontológicas - CEO. Centro. Macaé/RJ - Data: 05/06/2014. Foto: Moisés Bruno / Prefeitura de Macaé.
Diversas unidades de saúde do município estão sem atendimento odontológico, seja por falta de profissional, seja por falta de material. A afirmação é do vereador Jhonatas Monteiro (PSOL). O parlamentar se pronunciou sobre o assunto na tribuna da Câmara Municipal nesta quarta-feira (19) e pontuou que, quando não falta dentista, falta insumo para poder realizar o atendimento.
“Vou pontuar algumas unidades que estão passando por este problema: Unidade Campo Limpo V, que está sem dentista; Unidade Básica de Saúde do bairro Mangabeira, que tem profissional da área, mas não tem o material. Isso é pior ainda no Centro de Especialidades Odontológicas, que não tem nem anestesia para que seja feita a realização dos procedimentos, muito menos a possibilidade de se fazer um raio-x”, disse.
Ainda conforme Jhonatas Monteiro há, também, a ausência de aparato ginecológico. “Não tem material para a realização de um exame preventivo há meses no Centro de Especialidades Odontológicas, e pasmem: quando as pessoas procuram a unidade para saber um prazo para a chegada dos insumos, ouvem dizer que é “sem previsão””.
O vereador salientou que, quando aparecem problemas na área da saúde neste momento em que o então secretário da pasta está sendo investigado por corrupção, e quando se diz na Casa Legislativa que a Secretaria da Saúde está com uma gestão interina que “ninguém sabe, ninguém viu”, isso “se materializa no dia a dia do povo, nestes e em vários outros problemas”.
“Não estamos aqui fulanizando os problemas na saúde; não é Marcelo Britto, enquanto indivíduo. O problema é a prática de gestão; é o fato de que antes não prestava, agora continua sem prestar e não tem perspectiva, porque o prefeito Colbert Martins Filho não dá um “ai” para responder como a política de saúde do município vai funcionar. Toda declaração dele, atualmente, é na defensiva; não é nem mais na condição de gestor, mas na condição criminal dele”, declarou.
E, ainda conforme o parlamentar, “enquanto acontece esse tipo de coisa, o povo se vira com o que pode, e o que não pode também, para resolver as demandas. Busca-se fazer, muitas vezes, até um desembolso indireto para conseguir dar conta daquilo que deveria ser uma política pública”.
GALEGUINHO: “FUI UMA DAS ESPERANÇAS DA VIDA DE UMA SENHORA QUE PRECISOU DE ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO”
O vereador Galeguinho (PSB) disse que tem acompanhado o problema relatado pelo colega “de perto” e que, recentemente, encaminhou “uma senhora, por conta própria, para uma clínica particular, porque ela já tinha percorrido todas as unidades de Feira de Santana e não tinha conseguido atendimento”. “Eu fui uma das esperanças da vida dela, porque se eu não tivesse me oferecido para pagar do meu bolso o tratamento, não saberíamos qual seria o fim dela”.
Disse ainda que é lamentável, em dois anos como vereador, não subir na tribuna para parabenizar a gestão municipal pelos feitos na cidade, mas apenas para “bater nas coisas erradas”. “Chega uma hora que a gente cansa, porque desanima mesmo. A gente fala e nada se resolve; o prefeito não ocupa a sua posição de gestor e toma o problema para si, mas apenas culpa a Câmara por tudo”.

OUTRAS NOTÍCIAS