Três são presos na BA em operação contra fraudes em prêmios de loterias

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Três pessoas foram presas, nesta quinta-feira (10), na Bahia, pela Polícia Federal (PF), em cumprimento a mandados da Operação Desventura, que desarticula um esquema de fraude em pagamentos de prêmios de loterias da Caixa Econômica Federal.

Além da Bahia, a operação cumpre 54 mandados judiciais em Goiás, São Paulo, Sergipe, Paraná e no Distrito Federal. Entre os suspeitos de envolvimento no esquema estão um doleiro e o ex-jogador da Seleção Brasileira Edilson, que afirmou não ter conhecimento sobre o esquema.

De acordo com a PF, na Bahia, foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e três de prisão temporária. Uma pessoa, cujo mandado de prisão foi expedido, não foi localizada pela polícia. Também foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão e oito de condução coercitiva no estado.

Até as 10h, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva em Goiás e dois em São Paulo. A PF também já cumpriu 11 mandados de condução coercitiva em Brasília.

Os presos e o material apreendido na Bahia serão transferidos para Goiânia. Já as pessoas conduzidas coercitivamente prestarão depoimento na sede da Polícia Federal, em Salvador, e liberadas em seguida. As buscas têm o objetivo de arrecadar documentos, computadores e objetos relacionados com o suposto esquema de fraude.

De acordo com a corporação, o esquema desviou valores de bilhetes premiados, não sacados pelos ganhadores, que deveriam ser destinados ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). No ano passado, os premiados na loteria deixaram de resgatar R$ 270,5 milhões.

Os investigadores constataram que o esquema criminoso contava com ajuda de correntistas da Caixa Econômica Federal, escolhidos por movimentarem grandes volumes financeiros. Eles eram usados para recrutar gerentes do banco para agir no esquema. De posse de informações privilegiadas, a quadrilha contatava os gerentes, que viabilizavam o recebimento do prêmio por meio de suas senhas, ao validar os bilhetes falsos.

Durante a investigação, um integrante da quadrilha chegou a ser preso quando tentava aliciar um gerente para saque de um bilhete de loteria no valor de R$ 3 milhões. Poucos dias depois de liberado, o suspeito foi morto em condições que ainda são investigadas pela polícia.

Os policiais federais também identificaram fraudes na utilização de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), ConstruCard – que é o financiamento da Caixa para a compra de materiais de construção – e liberação irregular de gravames de veículos.

A investigação da PF conta com apoio do Setor de Segurança Bancária Nacional da Caixa Econômica Federal. Os envolvidos devem responder por crimes como organização criminosa, estelionato qualificado, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, falsificação de documento público, evasão de divisas.

Fonte: G1

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