Um terremoto de magnitude 6.3 deixou pelo menos 30 mortos e 800 feridos no sul do Irã, nesta terça-feira. O tremor foi registrado a cerca de 90 quilômetros de distância de uma estação de energia nuclear em Bushehr, segundo o serviço geológico dos Estados Unidos. A instalação, no entanto, não foi afetada e está funcionando normalmente.
“As equipes continuam a trabalhar normalmente e os níveis de radiação estão totalmente dentro da normal”, disse um funcionário da empresa russa responsável pela construção da usina. À imprensa russa, o funcionário disse que o terremoto “não afetou de forma alguma a situação normal no reator”.
O governador de Bushehr, Fereydoun Hassanvand, também afirmou à TV estatal iraniana que a planta nuclear não sofreu danos.
Cerca de 10.000 pessoas vivem na região afetada, em mais de 50 aldeias, duas das quais teriam sido totalmente devastadas. Em um período de duas horas e meia depois do terremoto, foram registradas pelo menos 16 réplicas na região, as duas mais fortes de 5,3 e 4,8 graus na escala Richter.
O Irã é o único país que opera uma central nuclear sem fazer parte da Convenção de Segurança Nuclear, negociada depois do desastre de Chernobyl. As Nações Unidas e autoridades ocidentais insistem que o país deve aderir ao documento.
Teerã tem rejeitado repetidamente os avisos sobre a planta de Bushehr, construída em uma área de grande atividade sísmica. A central entrou em operação em setembro de 2011, depois de décadas de adiamento.
O Irã se encontra em uma zona de grandes falhas terrestres e os terremotos são comuns em todo o país. Em agosto do ano passado, foram registrados tremores consecutivos de 6,2 e 6 graus na escala Richter, que deixaram mais de 300 mortos e 4.500 feridos na província do Azerbaijão Oriental.
Em 1990, um terremoto alcançou 7,7 graus e causou a morte de 37.000 pessoas na província noroeste de Gilan, junto ao már Cáspio. Mais de 100.000 pessoas ficaram feridas.
