Sentimento de posse e frustração alimentam rixa entre ex e atual de Zezé Di Camargo

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A briga entre Zilu Godoi e Graciele Lacerda ganhou novos capítulos depois que a ex-mulher de Zezé Di Camargo perdeu a ação judicial em que pedia a revisão da partilha de bens entre eles. O fato foi uma fagulha para a troca de alfinetadas entre as duas, por meio das redes sociais. Zilu chegou a dizer, inclusive, que Graciele, a atual esposa do sertanejo, viveu escondida por 9 anos.

A tensão entre ex e atual do companheiro de uma pessoa é algo comum – e ganha ainda mais força nos casos que envolvem traição. A psicológa e especialista em relacionamento Juliana Pereira explica que essa situação se deve a expectativas frustradas e ao sentimento de posse. Ela compara as relações amorosas a uma sociedade formada em torno de um negócio.

“Quando a gente vai ter um relacionamento, pode ser namoro, amizade ou qualquer outro tipo, a gente vai ter também um sentimento de posse, principalmente no caso do casamento, que nada mais é do que uma sociedade”, afirma a especialista.

Tendência de culpar um terceiro

“Você convida para ser seu sócio alguém em quem você confia, não uma pessoa aleatória. É aí que a coisa complica. Porque se por algum motivo a sociedade acaba, pode ser que um dos lados não fique satisfeito com esse término. É normal, inclusive, que um queira cair fora e o outro permanecer”, acrescenta.

A psicóloga destaca que quando uma pessoa trai a outra ou inicia um novo relacionamento logo depois de encerrar o anterior, a tendência é que os novos companheiros sejam encarados como culpados por toda essa situação.

“A atual vai ser tachada como aquela que destruiu o relacionamento. Isso não tem nada a ver. Uma pessoa não termina um relacionamento por causa de outro alguém. Termina porque está ruim ou desgastou”, pondera.

“Mas é mais fácil para quem foi deixado colocar a culpa em uma terceira do que reconhecer que a pessoa [ex-namorado (a)] foi embora porque ela mesma não foi uma boa companheira”, complementa.

Juliana destaca ainda que os ex-companheiros sentem como se tivessem perdido uma batalha contra os atuais. “Mas ninguém perdeu. O outro foi que quis sair [da antiga relação] e essa escolha só diz respeito a ele”, enfatiza.

“Por isso, ainda que seja difícil, é importante colocar um fim nesse ciclo, compreender que acabou e que outras experiências virão. A terapia pode ajudar nisso. Eu tenho casais que estão se divorciando, e aí a gente consegue fazer uma conciliação”, exemplifica.

Redes sociais: combustíveis para briga

De acordo com a psicóloga, quando o triângulo é formado por famosos, as redes sociais e o público servem de combustível para o conflito.

“As redes sociais alimentam muito, porque começa a ter uma torcida de um lado e do outro. Mas não precisa escolher um lado. Inclusive, amigos dos ex-casal podem continuar vendo os dois, não precisam se intrometer”, lembra.

A especialista acrescenta que muitos usam seus perfis na internet para dizer aquilo que não têm coragem de falar pessoalmente. “Elas ficam conversando indiretamente nas redes sociais, mas o ideal seria criar coragem, pegar o telefone e falar aquilo que incomoda. O diálogo é a melhor saída”, aconselha.

Por fim, a especialista chama a ateção para a necessidade de viver todas as etapas do luto – que podem acontecer simultaneamente. “Em qualquer perda que a gente tem, há o processo de luto. Ele precisa ser vivido em todas as suas fases para superar o que aconteceu”, ressalta.

Informações; R7

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