Sem salário, rodoviários podem entrar em greve a partir desta terça (26)

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Na última quinta-feira (21), os trabalhadores das empresas de ônibus Rosa e São João, que prestam serviço do transporte público em Feira de Santana, paralisaram as atividades alegando que estão sem receber salários, além de outras insatisfações com a prefeitura em relação à licitação junto às empresas.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários de Feira de Santana, José Souza, a decisão para iniciar a greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (26) está mantida.

“Por enquanto estamos com a mesma decisão da última quinta-feira. Não fomos procurados por nenhuma parte, seja pela prefeitura ou pelos próprios empresários, e a nossa posição até o presente momento está mantida. Já publicamos o edital, vamos comunicar quem deve ser comunicado e se não resolver até a 23h59 de hoje, infelizmente amanhã, a cidade amanhece sem transporte urbano”, destacou.

Na última sexta-feira (22), foi determinada pela 2ª Vara da Fazenda Pública a multa de R$ 50 mil por dia caso o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Passageiros Urbanos Intermunicipal e Interestadual de Feira de Santana voltasse a bloquear as garagens das empresas Rosa e São João. Essa determinação foi solicitada pela Procuradoria Geral do Município.

Para o vice-presidente, não existe bloqueio nas portas das garagens. As empresas estão liberadas para trabalhar, cabe a cada funcionário decidir se vai aderir a greve ou não.

“Em vez do procurador tentar resolver o problema, ele criou mais um problema, solicitando uma liminar pedindo para suspender aquele bloqueio. Não vai haver outros bloqueios, as empresas estão liberadas para trabalhar, mas estamos com nossa posição mantida. Ele deveria ser o mediador para resolver esse impasse aqui em Feira de Santana”, explicou.

Ainda segundo José Souza, o sindicato está em busca dos direitos dos trabalhadores e não irá obrigar que os funcionários trabalhem sem estar recebendo os salários.

“Todos os funcionários possuem autonomia e já foi decidido em assembleia que não iremos obrigar que as pessoas trabalhem sem dinheiro porque isso não existe. Estamos aqui procurando uma solução para que seja resolvido tanto o problema do pagamento, quanto das férias, mas infelizmente ninguém procura fazer essa mediação para evitar esse dano amanhã, porque é ruim para todo mundo e não queremos greve na cidade, mas precisamos receber o nosso dinheiro e se estamos trabalhando é em busca de nossos direitos”, finalizou.

Em nota, a Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) informou que o caso está sendo discutido entre o sindicato e as concessionárias. O poder público municipal, através da Procuradoria Geral, ingressou na semana passada com pedido liminar solicitando o desbloqueio das garagens em caso de paralisação ou greve.

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