Sem alarde, Paulinho Dias ganha espaço com Charles

paulinho dias treino2

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Mesmo após cinco jogos como titular, ainda é difícil para alguns torcedores localizar Paulinho Dias em campo. Também, pudera: o volante não é adepto de cortes de cabelo extravagantes, não tem qualquer tatuagem – item da moda entre os boleiros – e não abusa das jogadas de efeito.

É numa entrevista pós-jogo e no dia a dia de treinos que a impressão se confirma: Paulinho é absolutamente discreto. Não é do tipo que fala alto com os companheiros, não ‘perturba’ ninguém e não anda à procura das câmeras.

Apesar de todo esse esforço involuntário, tem se tornado mais difícil a cada jogo ignorar a presença do volante. Ainda que de forma pontual, num desarme preciso ou num passe curto, a contribuição dele tem se tornado evidente.

“Sempre tive essa consciência, de que o melhor para o Paulinho Dias é o bem da camisa que ele veste, que hoje é a do Bahia. O que eu puder fazer pelo bem do clube eu vou fazer, em prol de todos, não só de mim”, diz o próprio. “Não quero vaidade, quero apenas ganhar. Até porque sei que isso vai surtir um efeito positivo individualmente num segundo momento”, completa.

Terça, quando o Bahia venceu o Criciúma por 1 a 0 na Fonte Nova, ele liderou o time em passes certos (51) e errou apenas seis. Com o técnico Sérgio Soares, jogava como segundo volante. Teve 144 passes corretos e 15 errados. Nos dois jogos sob comando de Charles, atuou à frente da zaga. Fez 11 desarmes decisivos.
“Sempre fui versátil, mas isso acontece porque trabalho muito, cara. Olhando nos seus olhos, sem demagogia, eu digo: trabalho muito, me dedico muito, tenho o maior orgulho de dizer e de quando reconhecem”, afirma. “Eu me preocupo em treinar em todas as funções porque acho que o futebol moderno pede isso”.

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