Secretário de Saúde Marcelo Britto exigiu contratação de funcionários “apadrinhados” com super salários em empresas terceirizadas pela Prefeitura de Feira

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A relação entre o secretário municipal de Saúde, Marcelo Brito, e as empresas que prestam serviço de mão de obra à Prefeitura, está bem longe de ser boa. Na verdade é bem azeda. Pior ainda com os funcionários. O Protagonista apurou que o desgaste aumentou quando o secretário impôs a contratação de funcionários de sua confiança com salários que variam entre R$ 8 e R$ 12 mil.

“Algumas situações, como o atraso salarial constante dos prestadores de serviço, poderiam ser evitadas. O secretário foi avisado do fim dos contratos vigentes ainda no mês de novembro, e que para remunerar os servidores seria necessário o que chamamos de indenizatória, um processo burocrático. Mas ele ignorou e não fez no devido tempo, abrindo este processo burocrático em janeiro, ou seja, em outro ano fiscal”, diz um diretor de empresa.

“Mas a despesa não era do ano anterior? Por que não se acelerou os processos internos da Secretaria para que as empresas e, logicamente, os funcionários, não ficassem sem o devido amparo legal? Esta situação de falta de empenho e esforço da Secretaria vem gerando todo esse desgaste para as empresas e sufoco para os prestadores de serviço”, argumenta um alto funcionário de uma das empresas.

“Para se ter uma ideia, o secretário diz na mídia que as empresas são responsáveis pelo atraso de pagamento. Não é verdade. Estamos, ainda, sem receber repasse da prefeitura referente ao mês de dezembro, justamente pela intransigência do secretário. Mas já pagamos dezembro e janeiro”, diz.

Outro diretor de empresa contesta uma nota da Secretaria, publicada no site da Prefeitura, relacionada a pagamentos. “A Prefeitura não estabelece, na licitação, valores a serem pagos aos funcionários. Porém, existe limite de gastos no contrato. Portanto, nós pagamos de acordo com esse contrato, até para evitar problemas com o Tribunal de Contas. Foi o que aconteceu com o vale refeição, por exemplo, que era de R$ 20 reais e foi reduzido para R$ 16”, e outra situação de diferença salarial não se tratou de redução de salário, mas de erro no lançamento das informações, pois tudo será pago conforme contrato assinado, pontua o diretor.

Um integrante de outra empresa prestadora de serviço à Secretaria de Saúde destacou ao Protagonista que esses desgastes vêm acontecendo a partir da gestão de Marcelo Brito. “Quando falta papel higiênico em uma unidade ou mesmo na Secretaria de Saúde, a responsabilidade não é das empresas, ao contrário do que diz o secretário. Fica parecendo que tudo isso é proposital, para desgastar as empresas que não aceitam as imposições do secretário”, destaca.

Informações: O Protagonista

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