A musculação é uma das atividades físicas mais populares quando se trata de promover o bem-estar, desenvolver resistência corporal e perder gordura, entre outros benefícios. De acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o exercício está entre os mais praticados pelos brasileiros, juntamente com a caminhada e o futebol.
- Lesões musculares: ocorrem quando o músculo é esticado além de sua capacidade, geralmente devido a movimentos rápidos ou excessivamente fortes;
- Entorses articulares: são danos aos ligamentos que conectam os ossos nas articulações. Isso pode acontecer quando uma articulação é forçada a um movimento não natural ou extremo. Costumam ocorrer em ombro, joelho, punho e dedos;
- Tendinopatias: são mais comum nos ombros e nos cotovelos, essas alterações nos tendões costumam ser causadas por movimentos repetitivos ou excesso de carga, resultando em dor e inchaço na área afetada;
- Lesões na coluna: exercícios feitos de forma errada ou com cargas excessivas podem levar a lesões nas costas, como dor lombar e cervical, especialmente se a coluna for forçada de maneira inadequada.
Graus das lesões musculares
As lesões musculares podem ser classificadas em grau 1, 2 e 3, sendo as duas primeiras mais comuns na musculação, ocorrendo quando um músculo de uma articulação se rompe parcialmente. Já o grau 3 implica na ruptura completa do músculo ou de grande parte dele. Nestes momentos, é crucial distinguir entre uma dor típica do treinamento e uma possível dor causada por lesão, para garantir que o tratamento seja adequado ao caso.
“Muitas vezes, o praticante de musculação na academia considera apenas como uma dor muscular de treino, mas já pode se tratar de uma lesão, ainda que seja inicial. E quando se ignora uma lesão simples, ela pode piorar e se tornar algo maior”, comenta a médica do Esporte do Hospital Israelita Albert Einstein, Karina Hatano. Ela acrescenta que qualquer dor que limite a atividade física deve ser um motivo para procurar um médico.
A pesquisa “Ocorrência e Características de Lesões entre Praticantes de Musculação”, realizada na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e publicada na revista Saúde e Pesquisa, envolveu a análise de 45 indivíduos com idades entre 20 e 60 anos que praticavam musculação por pelo menos três meses. Entre os participantes analisados, quase metade deles relatou ter sofrido lesões, e entre elas, 60% estavam relacionadas diretamente à prática da musculação. Os problemas mais frequentemente relatados incluíram distensão muscular, representando 35% dos casos, seguida pela tendinopatia, com 25% de ocorrência.
Além disso, o artigo mostrou que o ombro e o joelho são as articulações mais afetadas pelas lesões. Segundo Hatano, isso se dá por conta da amplitude de movimentos e alta demanda nos exercícios. “As pessoas que ainda não tem uma musculatura definida ou que ainda não sabem realizar os exercícios corretamente tendem a lesionar essas musculaturas. No caso do joelho, o exercício feito incorretamente não ativa as pernas e o glúteo, e acaba sobrecarregando esta articulação.”
Como evitar as lesões
A médica do esporte alerta que os cuidados para evitar lesões na academia começam antes mesmo dos exercícios. Uma alimentação balanceada pré-treino, que inclua macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídeos) e micronutrientes (vitaminas e sais minerais), como um sanduíche com fatias de pão integral, recheios ricos em proteínas, água de coco, frutas, iogurte e alimentos similares, fornece energia ao praticante e reduz esses riscos.
Além do aquecimento, que prepara a musculatura para os exercícios a serem realizados, o desaquecimento também é fundamental para que a musculatura e os batimentos cardíacos retornem ao seu estado natural após o treino. Hatano recomenda que isso pode ser feito através de uma caminhada leve, uma sessão de ioga ou simplesmente permitindo um período de repouso natural.
Tratamento e retorno aos treinos
Acionar um profissional de fisioterapia em caso de lesão é necessário para que o retorno aos treinos seja feito da forma adequada e no momento correto. Rodrigo Oliveira, da SONAFE, destaca que, por meio da avaliação fisioterapêutica e do tratamento, que pode incluir técnicas como eletrotermofototerapia (terapia que utiliza corrente elétrica aplicada à pele por meio de eletrodos), exercícios terapêuticos, terapia manual, entre outros recursos, é possível garantir que o praticante retorne da melhor maneira possível.
“A pessoa que está retornando à prática após uma lesão deve ter um reinício com progressão gradual, não devendo retornar aos níveis de treino anteriores imediatamente, além de ficar atento na técnica adequada dos exercícios e se manter positivo em relação ao próprio progresso”, diz o fisioterapeuta.
Tratamento e retorno aos treinos
Acionar um profissional de fisioterapia em caso de lesão é necessário para que o retorno aos treinos seja feito da forma adequada e no momento correto. Rodrigo Oliveira, da SONAFE, destaca que, por meio da avaliação fisioterapêutica e do tratamento, que pode incluir técnicas como eletrotermofototerapia (terapia que utiliza corrente elétrica aplicada à pele por meio de eletrodos), exercícios terapêuticos, terapia manual, entre outros recursos, é possível garantir que o praticante retorne da melhor maneira possível.
“A pessoa que está retornando à prática após uma lesão deve ter um reinício com progressão gradual, não devendo retornar aos níveis de treino anteriores imediatamente, além de ficar atento na técnica adequada dos exercícios e se manter positivo em relação ao próprio progresso”, diz o fisioterapeuta.
Metrópoles