Na manhã deste sábado (23), motoristas e cobradores da empresa de ônibus Rosa não saíram para trabalhar, em protesto contra o atraso do pagamento dos salários.
Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários (Sintrafs), Antônio Lima, cerca de 70 ônibus estão parados na garagem da empresa e não há previsão de quando deverão retornar a circular.
“Os trabalhadores cruzaram os braços por falta do pagamento dos salários. A empresa Rosa pagou ontem o vale dos trabalhadores por volta das 17h, mas a São João não tem prazo para pagar. Os trabalhadores queriam que o porta-voz da empresa, que é o gerente, aparecesse na garagem. Os trabalhadores vão ficar trabalhando sem salário? Hoje é sábado, dia de fazer uma feira, e ninguém tem dinheiro pra pagar os compromissos”, informou o diretor.
Antônio informou ainda que o gerente da empresa São João foi ao sindicato na última quarta-feira (20), às 11 horas da manhã, avisar que não haveria pagamento.
“Então os trabalhadores cruzaram os braços, mas não apareceu o secretário de transporte, o gerente da empresa, ninguém. Está um abandono total na cidade sobre o transporte. E a empresa está usando os trabalhadores como massa de manobra para brigar com a prefeitura”, protestou o representante sindical.
O terminal central de Feira de Santana foi fechado, por conta da paralisação dos trabalhadores da empresa São João.
A Prefeitura de Feira, por meio de nota publicada em seu site informou que foi surpreendida com a paralisação dos ônibus da empresa São João e que a retenção dos veículos na garagem da empresa afeta o atendimento de usuários nos pontos de embarque e desembarque, bem como nos terminais Central e Sul, locais cobertos pela concessionária.
Ainda conforme a prefeitura, não houve aviso antecipado de greve pelo Sindicato – como determina a legislação – desobedecendo à determinação judicial que proíbe a paralisação do serviço essencial.
O governo municipal informou ainda que medidas administrativas legais estão sendo providenciadas pelo Governo Municipal através da Procuradoria e que fiscais da SMTT seguem orientando os passageiros.
