Rinoceronte-branco, Luna, faz 51 anos nesta terça e ultrapassa expectativa de vida da espécie

“Quando a gente fala de animal de zoológico, considerando todo o investimento em bem estar, alimentação e manejo da veterinária, a expectativa de vida é maior. Mas ela, mesmo sendo um animal de zoológico, está bem demais, acima da média”, disse o gerente do Jardim Zoológico da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, Humberto Mello.

Luna nasceu na Alemanha, em 1970, e foi trazida para o Brasil quando tinha dois anos. Desde então, ela vive na Região da Pampulha, na capital mineira, cercada de cuidados.

Todas as espécies de rinocerontes estão ameaçadas de extinção. De acordo com o gerente, que é biólogo, um dos motivos para o risco da espécie de Luna é o “chifre” na testa. Na verdade, ele é formado por pelos compactados.

“Existe a crença de que ele que serve para dar mais vigor às pessoas, um afrodisíaco. Às vezes matam o rinoceronte, retiram o corno e deixam todo o animal ali. Na medicina tradicional chinesa, ele também é muito valorizado como redutor de febre”, completou.

Um rinoceronte-branco pode pesar até 3,6 toneladas. É um animal vegetariano que possui lábios quadrados.

“Naturalmente, os rinocerontes-brancos não formam grupos, eles vivem mais isolados e se encontram somente para se reproduzir”, afirmou Mello. Até 2018, Luna possuía um companheiro no zoo, o macho Doran, que morreu aos 27 anos de idade.

A saúde da idosa alemã está ótima, ela possui apenas uma conjuntivite crônica que é acompanhada pela equipe do Zoológico diariamente.

Como presente de aniversário, Luna vai ganhar o que mais gosta: uma boa e relaxante escovada nos pelos.