Confortável com a atual situação no Governo, o presidente Michel Temer (PMDB), foi surpreendido com o relatório do ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral, relatório este com 1.086 páginas. De acordo com a Folha de São Paulo, Herman solicitou a cassação da chapa Dilma-Temer, mas não apoia a punição de tornar os dois inelegíveis.
Está presente no relatório uma síntese sobre a fase onde foram coletadas as provas, dentre elas, os depoimentos de delação premiada de ex-executivos da empreiteira Odebrecht, que mencionaram anteriormente supostos pagamentos irregulares a campanha presidencial.
A ação teve continuidade porque há a possibilidade dos dois integrantes da chapa se tornarem inelegíveis pelos próximos oito anos se o TSE entender pela cassação do resultado da eleição de 2014.
Os ministros que tiveram acesso ao documento afirmam que a narrativa do relator aponta irregularidades financeiras em 2014, mas apontam também a ausência de provas de que Temer e Dilma sabiam. No entanto, não é necessária a ciência dos candidatos quanto as irregulares para comprovar o crime.
Se a ação for julgada procedente, o Congresso Nacional promoverá eleição indireta para escolher um novo presidente.
Foto | Reprodução
