Feira de Santana é um dos raros municípios baianos que oferece na rede pública o exame de Doppler Transcraniano, que avalia o fluxo sanguíneo cerebral, identificando se há risco de AVC (Acidente Vascular Cerebral) em pacientes de anemia falciforme na faixa etária de 2 a 16 anos. A informação é da enfermeira Luciana Brito, do Centro de Referência Municipal, que funciona na Unidade Básica de Saúde do Centro Social Urbano.
Esta sexta-feira, 27, é o Dia Nacional de Sensibilização à Pessoa com Doença Falciforme, que é hereditária, com diagnóstico obtido através do Teste do Pezinho ou de exame laboratorial (eletroforese da hemoglobina). De acordo com a enfermeira, para cada 17 pessoas que nascem na Bahia, uma delas tem o traço da doença falciforme. E para cada 650 nascidos, um é portador dela.
“A Secretaria de Saúde tem assegurado o acesso dos portadores da anemia falciforme aos serviços de saúde, disponibilizando aos usuários acompanhamento adequado e especializado”, afirma Luciana Brito, referência técnica da área no município.
Doença caracterizada pela alteração genética da hemoglobina – proteína responsável em absorver e transportar o oxigênio no sangue e liberá-lo no tecido – a anemia falciforme provoca dores pelo corpo, úlceras de difícil cicatrização, insuficiência renal aguda, alteração no baço e pode levar a um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Em crianças pode haver edemas nas mãos e pés.
Em Feira de Santana, 450 pacientes falcêmicos estão sendo acompanhados pelo Centro de Referência Municipal, que funciona na Unidade Básica de Saúde, do Centro Social Urbano, onde recebem acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, composta por hematologista, clinico, nutricionista, fisioterapeuta, assistente social, enfermeiro. O serviço é gratuito.
Fotos | Sara Silva