Rebelião no presídio de Salvador deixa cinco mortos; Policiais precisaram entrar para conter detentos; Assista

IMAGEM_NOTICIA_5-3-pku4g31uppduwg14i7d9mqzc25q6qie7ja7k0zo5uo

A rebelião na penitenciária Lemos de Brito, no Complexo Penitenciário da Mata Escura, na tarde de domingo (20), em Salvador, deixou cinco detentos mortos, segundo informação da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).

De acordo com a Seap, o tumulto foi causado por uma briga entre grupos rivais ocorrido no pavilhão 2. Durante a confusão, outros presos tentaram sair pelo portão principal e foram impedidos pela guarda do presídio. Equipes do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), das Operações Gêmeos e Apolo, do Batalhão de Choque e do Grupamento Aéreo da PM (GRAER) foram chamadas para reforçar a segurança.

Uma varredura nas alas afetadas foi realizada para evitar novos incidentes. O Departamento de Polícia Técnica esteve no local para realização de perícia. As mortes são investigadas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

PROTESTO

Após circular a notícia sobre a rebelião, parentes de presos foram para a frente do Complexo Penitenciário e chegaram a fechar a via, mas o trânsito foi liberado pouco tempo depois. Familiares dos presos contaram que houve uma troca de tiros dentro do presídio.

Reprodução

Policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar da Bahia (Bope/PM-BA) entraram na penitenciária Lemos Brito, no bairro da Mata Escura, em Salvador, na tarde deste domingo (20), para conter a rebelião na unidade, que deixou pelo menos quatro mortos e outros feridos.

Em nota a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) afirmou que as mortes resultaram de uma briga entre grupos rivais e uma tentativa de fuga.

“Durante o confronto entre os detentos, ocorrido no pavilhão 2, outros presos tentaram sair pelo portão principal e foram impedidos pela guarda do presídio. Além do Bope, guarnições da Operações Gêmeos e Apolo, do Batalhão de Choque e do Grupamento Aéreo da PM (Graer) fizeram uma varredura no local para evitar novos incidentes. As mortes são investigadas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP)”, diz trecho do comunicado do órgão.

Assista:

De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Penais (SINSPEB), Reivon Pimentel, a rebelião é uma tragédia anunciada. “Essa tragédia que está acontecendo tem que ser colocada na conta da Superintedência de Gestão Prisional porque a gente vem denunciando isso há anos”, aponta.

Para Reivon, além da Superintendência de Gestão Prisional, a Polícia Militar da Bahia (PMBA) também é responsável pela rebelião ter ocorrido. “Eu não sei o calibre da arma que eles portavam na hora de cometer os assassinatos ou tentar contra os policiais penais, mas pela fragilidade na segurança da Penitenciária Lemos de Brito, que é a maior do complexo, pode ser até que aja arma longa lá dentro, como fuzil, metralhadora. Então, foi uma tragédia anunciada e que o sindicato já denunciou e responsabiliza a Superintendência de Gestão Prisional pela inércia em resolver o problema”, aponta.

Familiares de alguns presos realizaram um protesto em frente ao presídio, bloqueando a pista.

Assista:

Informações: Olá Bahia / Bnews

OUTRAS NOTÍCIAS