PRF prende três homens com R$ 13 mil, suspeitos de crimes eleitorais

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Na noite desta quinta-feira (4) agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) prenderam em flagrante, em Alagoas, três homens suspeitos de crimes eleitorais. Com os homens foram apreendidos material de campanha de candidatos, uma lista com os dados pessoais de diversos eleitores e pouco mais de R$ 13 mil.

Segundo a PRF, o carro em que os três estavam foi abordado próximo à Unidade Operacional de Polícia de Carié, na zona rural do município de Canapi, no nordeste alagoano. Desconfiados de que, ao avistar a barreira policial, o condutor do veículo tentou desviar para evitar passar pelo posto de vigilância, os policiais decidiram seguir o carro e abordá-lo.

Ainda de acordo com a PRF, a lista contendo informações pessoais de diversas pessoas, como número do título de eleitor, foi encontrada em um caderno que também continha anotações que os policiais concluíram ser a programação de transporte dos eleitores para votar no próximo domingo (7).

Inicialmente, o motorista afirmou que havia sacado o dinheiro pouco tempo antes, mas quando os policiais exigiram que ele comprovasse o saque, mudou sua versão e informou que só falaria na presença de seu advogado. Todo material apreendido e os três homens foram encaminhados para a delegacia da Polícia Federal.

Operação Eleições
A PRF começou a zero hora de hoje (5) a Operação Eleições 2018. Até as 23h59 do próximo domingo (7), a fiscalização será intensificada nas rodovias federais de todo o Brasil. A ação visa a garantir a segurança dos eleitores que trafegam na estrada até os seus locais de votação e a coibir os crimes eleitorais.

A expectativa da PRF é de aumento do fluxo de veículos nas rodovias de todo o Brasil a partir de hoje (5). No período, policiais federais também auxiliarão no transporte de urnas, escoltas e outras solicitações da Justiça Eleitoral.

De acordo com as autoridades federais, a semana que antecede as eleições tende a registrar um aumento do número de denúncias envolvendo crimes eleitorais, devido à intensificação da disputa pelo voto dos eleitores.

Só esta semana, a PF fez três apreensões de grandes quantias em dinheiro que, supostamente, seriam usados na compra de votos. Na segunda-feira (1), a corporação cumpriu quatro mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva contra alvos da Operação Cheque Benefício, deflagrada para investigar um suposto esquema de compra de votos em Roraima. De acordo com as investigações preliminares, os suspeitos prometiam fraudar a concessão de benefícios previdenciários, favorecendo eleitores que votassem para um candidato a deputado. Além de manipular as eleições, o esquema causaria um prejuízo de mais de R$ 650 mil aos cofres públicos.

No mesmo dia, policiais de Tocantins detiveram um homem que tinha acabado de sair de um banco de Araguaína com cerca de R$ 500 mil em uma mala. Desconfiando de que a quantia seria usada na prática de crimes eleitorais, a Polícia Civil encaminhou o suspeito à delegacia da PF em Araguaína (TO).

O homem detido é o advogado e empresário Luiz Olinto Rotoli Garcia de Oliveira, irmão do deputado estadual Olyntho Neto, candidato à reeleição pelo PSDB. Eles estava na companhia de um policial militar que presta serviço à Assembleia Legislativa. Os dois usavam um veículo oficial que, segundo a assessoria da assembleia, fica aos cuidados do deputado Olyntho Neto. Um inquérito foi instaurado para apurar os fatos. Oliveira nega que o dinheiro seria usado em qualquer campanha eleitoral e afirma que a quantia é fruto de uma herança familiar. O deputado Olyntho Neto também negou envolvimento com o caso, afirmando que seu irmão é um empresário que tem suas próprias atividades profissionais.

No dia seguinte, policiais militares de Tocantins detiveram dois homens que transportavam mais de R$ 1,2 milhão em malas encontradas em um táxi abordado na rodovia TO-050, durante uma ação de rotina. O motorista do táxi e o piloto de um jato executivo que aguardava pelos dois homens presos também prestaram depoimento na superintendência da PF, em Palmas, e liberados.

De acordo com a PF, os dois homens presos não souberam informar a origem do dinheiro, que foi depositado na Caixa Econômica Federal, conforme determina a legislação que trata de bens confiscados e apreendidos. Além da suspeita de envolvimento em crime eleitoral, um dos dois homens foi preso em flagrante por uso de documento falso, lavagem de dinheiro e porque tinham um mandado de prisão em aberto.

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