Polícia divulga imagem de suspeito que matou nove em igreja de comunidade negra nos EUA

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A polícia americana lançou uma intensa caçada nesta quinta-feira ao homem branco suspeito de matar nove pessoas em uma igreja de comunidade negra no centro de Charleston, na Carolina do Sul, num ato descrito pelas autoridades como um crime de ódio. O pastor do templo, o senador estadual Clementa Pinckney, e sua irmã estão entre os mortos. Seis mulheres e três homens morreram no ataque.

Os disparos aconteceram na noite de quarta-feira na Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel, uma das mais antigas da comunidade negra de Charleston. A região foi isolada por volta das 21h (hora local), com várias viaturas policiais e ambulâncias. Havia uma suspeita de bomba no local do ataque, próximo ao Charleston MARRIOTT HOTEL, mas o chefe da polícia da cidade, Gregory Mullen, disse que não foram encontrados explosivos.

— Havia oito mortos dentro da igreja. Duas pessoas feridas foram levadas ao hospital e uma faleceu. No momento, temos nove vítimas fatais deste crime de ódio — afirmou Mullen. —Esta é claramente uma tragédia na cidade de Charleston.

Na manhã desta quinta-feira, a polícia divulgou imagem do suspeito e disse que ele ainda pode estar na área. O atirador seria um jovem branco, de aproximadamente 21 anos, e teria um porte atlético. Ele estaria vestindo moleton cinza, calça jeans e botas.

Polícia divulga imagem de suspeito de atirar em igreja em Charleston – Divulgação
Além do Departamento de Polícia de Charleston, o FBI também participa das investigações. Segundo a polícia, o suspeito foi visto saindo da igreja em um carro preto de quatro portas, de acordo com as imagens reveladas pelas câmeras de segurança.

O prefeito Joseph P. Riley Jr. disse que a cidade estava oferecendo uma recompensa por informações que levem à prisão do atirador.

— Para entrar em uma igreja e atirar em alguém é um ato de puro ódio — disse o prefeito.

As autoridades municipais ainda não divulgaram informações sobre as vítimas e não disseram quantas pessoas estavam na igreja durante os disparos.

Em um comunicado, o presidente da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP), Cornell William Brook, disse: “Não há maior covarde do que um criminoso que entra em uma casa de Deus e mata pessoas inocentes envolvidas em estudos bíblicos.”

O crime supõe um novo golpe para a comunidade negra nos Estados Unidos, que nos últimos meses tem sido vítima de crimes aparentemente motivados pelo racismo, em particular homicídios cometidos por policiais brancos contra homens negros desarmados. Foi o caso de Ferguson em 2014 e o de Baltimore há algumas semanas, além de vários crimes semelhantes cometidos em Charleston no ano passado que desencadearam tensões raciais em todo o país.

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