Polícia Civil prende acusados de matar ex-comandante da Guarda Municipal, Marcos Vinicíos

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Os acusados de matar o ex-comandante da Guarda Municipal Marcos Vinícius foram apresentados na tarde desta segunda-feira (17), no Complexo de Delegacias de Feira de Santana. De acordo com a polícia, Reginaldo Pereira, 34 anos, foi o autor dos disparos, e Julio de Oliveira Ribeiro, 30 anos, foi o condutor da motocicleta usada do homicídio.

O crime foi motivado por vingança, segundo o coordenador Regional de Polícia, delegado João Rodrigo Uzzum. De acordo com ele, as investigações duram mais de um ano, tempo suficiente para descartar todas as possibilidades de autoria e motivação, inclusive a de que a morte teria sido de natureza passional.

“A morte de Marcos Vinícius foi motivada por vingança pela atuação enérgica dele na Micareta de Feira de Santana do ano passado. Uma pessoa incomodada com essa atuação dele descobriu onde ele estava trabalhando e planejou o crime. Marcos sofreu um pouco antes de ser morto. Ele sofreu um atentado, mas eles não conseguira pegá-lo na primeira tentativa”, informou o delegado descartando que o crime teria tido motivos passionais

O delegado informou também que o retrato-falado coincidiu com a fisionomia do acusado Reginaldo Pereira.

“Fizemos a comparação do retrato-falado do “Regi” que coincidiu perfeitamente e foi confirmado por quatro testemunhas. Passamos a diligenciar e conseguimos uma nova testemunha que nos forneceu elementos essenciais da participação desses elementos no crime”, contou.

Os acusados tiveram prisão preventiva decretada por conta de um sequestro que eles teriam praticado em São Gonçalo dos Campos, e com a prisão, a equipe de investigadores conseguiu concluir a apuração e reunir todos os elementos que apontam os dois como autores do homicídio.

Um dos suspeitos negou a participação no crime. Ele disse que não conhecia o guarda e que ficou sabendo da morte através da mídia. “Essa acusação é infundada. Eu não conheço essa pessoa. Sei que ele morreu porque vi nos jornais. Eu sou inocente. Ele nunca me fez nada. Nem conheço. Quando ele morreu, eu estava em casa com a perna quebrada. Nunca tive nenhum desentendimento com ele durante a Micareta, como estão dizendo, tenho provas que eu caí de moto uns dias antes e não fui para a festa. No período do crime minha moto estava presa”, afirmou.

O guarda municipal Israel recebeu a notícia com surpresa. Ele disse que a prisão dos suspeitos não traz a vida de Marcus Vinicius de volta, mas que é a justiça sendo feita. “Uma parte já foi feita pela polícia e agora a outra deve ser feita pela justiça. Passou-se mais de um ano após a morte e a gente imaginava que pudesse cair no esquecimento. A equipe do delegado Uzzum foi muito competente, trabalhou em sigilo. Todas as vezes que a gente vinha cobrar, ele sempre nos dizia que as investigações estavam em andamento. A gente recebeu a notícia com grande surpresa e alívio”, afirmou.

Andrea Trindade

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