Permissionários do Shopping Popular pedem intervenção da Prefeitura

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Os permissionários do Shopping Cidade das Compras de Feira de Santana divulgaram na quinta-feira (26), à imprensa feirense uma Carta Aberta, com uma reclamação já recorrente dos vendedores, o movimento no local. De acordo com eles, os clientes não vão até o entreposto e as vendas estão cada vez mais escassas.


A Associação em Defesa dos Camelôs (Adecam), foi a responsável pela distribuição do documento, onde consta também que a administração do shopping lacrou boxes por falta de pagamento. Ainda de acordo com a carta, a Associação representativa não foi convidada a dialogar em nenhum momento sobre o Shopping ou a situação em que vivem os permissionados. Leia a carta na íntegra:

“A Adecam, Associação de Camelôs, referente aos camelôs que ora ocupava as ruas de Feira de Santana no que diz respeito à 2° expulsão dos trabalhadores, vem por meio deste, reafirmar que ainda existem sobreviventes destes dois últimos anos desde a requalificação da cidade. Ressaltamos que o Shopping Popular deveria ser para os camelôs que perderam a barraca com a requalificação da cidade, reiteramos que a Associação junto aos camelôs, pedem a garantia de poder continuar dando seguimento às nossas vidas, depois de tantos problemas, Covid e Relocação.

Cientes de que a grande maioria está há quase 20 meses pagando o condomínio e que ainda assim, não conseguem manter as taxas em dias, justamente pelo fato do espaço não propiciar as vendas e com baixos fluxos de clientes e com a histórico que o centro já possui, por falta de segurança no entorno da Praça do Tropeiro o que dificulta ainda mais a vinda dos clientes. O camelô, passa a ter que escolher entre comer e manter em dia as taxas do espaço, e declaram que todos querem chegar vivos até o Shopping dar certo.

Algumas demandas já foram realizadas no espaço pela Prefeitura, tais como a implementação das secretarias de atendimento, Auxílio Emergencial, Casa do Trabalhador, Seagri, Procon e até um Expresso à R$ 0,50, porém nem isso trouxe o resultado que esperávamos.

Pedimos a intervenção da Prefeitura no que se refere aos camelôs que sofreram a segunda expulsão, devolvendo os boxes para garantir o ganha pão, oferecendo a condição de atualizar o cadastro, visto que a Prefeitura está repassando os boxes para outras pessoas que não estão inseridas nesse contexto do camelô, que perdeu o ganha pão devido ao projeto. Voltamos a reafirmar que devemos pagar sim, um custo fixo, de ocupação de solo e para isso precisamos que a Prefeitura Municipal se responsabilize pelos camelôs (os camelôs que vieram das ruas).

Quais nossos objetivos

Prefeitura fazer chamamento dos boxes perdidos dos camelôs que precisam do local pra trabalhar e devolução de imediato dos boxes com a possível mudança de local de trabalho. Garantia de continuarmos trabalhando, devido ao cunho social do contrato, fazendo valer a responsabilidade social que a prefeitura possui com o povo. Ressaltamos que a Adecam não foi solicitada em nenhum momento para tratar das demandas do camelô, e que qualquer negociação que esteja ocorrendo, estar ocorrendo em relação ao shopping como todo, porém nós representamos os camelôs que possuíam barracas no centro e que precisam da garantia de permanecer dentro do espaço.” 

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